A oposição no Ceará finalmente engatou a primeira marcha e reagiu na disputa pelo Palácio da Abolição. Em reunião reservada, na última segunda-feira, 26, o grupo liderado pelo senador Tasso Jereissati (PSDB) deliberou a criação de uma coordenação política encabeçada pelos ex-governadores Tasso e Lúcio Alcântara, além do deputado estadual Capitão Wagner (Pros).
A expectativa é que a “comissão” inicie já a partir de hoje as movimentações em busca de nomes e estratégias eleitorais na Capital e no Interior.
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Os partidos de oposição, nos próximos dias, irão tentar trazer para as fileiras opositoras a Camilo Santana no Ceará lideranças que tenham potencial para ganhar espaços na Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados. Após a composição dos partidos, com o fim da janela partidária, a coordenação do grupo vai desenvolver um cronograma de visitas às diversas regiões do Estado.
A articulação é um contra-ataque ao governador Camilo Santana (PT), que tem andando o Estado, ao lado do senador Eunício Oliveira (MDB), entregando obras e assinando ordens de serviço.
O vice-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (sem partido), considerou a reunião “muito boa” para a situação atual da oposição ao governador. Questionado pela demora na definição do nome para a disputa da chapa majoritária, Pessoa disse que a urgência do grupo é fortalecer a oposição com nomes para o legislativo. “O nome de governador é prioridade, mas agora não, já, já”.
O ex-governador Lúcio Alcântara (PR) ressalta a força do nome de Wagner para a disputa contra Camilo Santana, mas diz que a definição vai depender de “entendimentos internos”. “(Wagner) É um nome muito forte, mas não temos a candidatura definida. São entendimentos internos entre os partidos”, disse.
O presidente estadual do PSDB, Francini Guedes, porém, assegurou que o “mal entendido” entre Wagner e o PSDB foi “resolvido” e que falta pouco para o anúncio do nome do parlamentar como candidato ao Executivo. “Não falta nada não (para o anúncio de apoio à candidatura). A coisa está bem encaminhada. A gente tem que definir sobre encontros regionais, em como vai ser a coligação”, pontuou.
Apesar do esforço do dirigente de colocar panos quentes nas divergências entre o pré-candidato e os tucanos, O POVO apurou que o senador Tasso Jereissati ainda não digeriu as críticas públicas de Wagner ao partido e que ainda não está convencido de assumir a candidatura do ex-militar.
REUNIÃO DA OPOSIÇÃO
O encontro foi realizado no escritório do senador Tasso Jereissati no final da tarde da última segunda-feira, 26.
WAGNER MENDES