Aproveitando a janela partidária para ingressar no Solidariedade, o deputado estadual Heitor Férrer disse ao O POVO ter recebido um “ultimato” do deputado federal Odorico Monteiro para deixar o PSB.
“Eu teria que votar no governo de Camilo (Santana) e nos dois senadores, provavelmente Eunício Oliveira (MDB) e Cid Gomes (PDT). Isso de certa forma foi um empurrão para deixar o partido”, declarou o parlamentar que se filiou ontem à nova agremiação.
O PSB, portanto, passa a ser o terceiro partido da carreira política de Heitor. O deputado passou 30 anos no PDT. Após o anúncio da chegada do grupo político liderado pelos irmãos Ferreira Gomes ao partido, o deputado assinou filiação ao PSB que, na época, não integrava base do governo estadual.
As primeiras divergências com a instância socialista se deu na chegada do ex-petista Odorico Monteiro, em maio de 2017. O parlamentar chegou assumindo o comando do partido. O deputado federal Danilo Forte, ex-PSB e hoje no DEM, perdeu a presidência da comissão provisória com a chegada de Odorico.
A assinatura da ficha de filiação de Heitor ao SD ocorreu ao lado do deputado federal Genecias Noronha, árduo defensor do governo Michel Temer (MDB) — que é impopular e denunciado por diversos casos de corrupção. Férrer, no entanto, assegura que terá independência para tomar qualquer tipo de posicionamento em relação a Temer.
Wagner Mendes