A redução da mortalidade materna ainda não é motivo de muita comemoração, de acordo com a deputada estadual Fernanda Pessoa (PR), que tratou sobre o assunto ontem, na Assembleia Legislativa. Segundo ela, é positivo que a mortalidade materna tenha registrado redução no Ceará, mas muitas mulheres ainda morrem em consequência de complicações relacionadas ao parto e a outras doenças. "Principalmente pela baixa qualidade de atendimento no sistema de saúde pública", lamentou.
A parlamentar apontou que, de acordo com documento elaborado pela Organização Mundial da Saúde, em parceria com o Fundo de População das Nações Unidas, o Fundo das Nações Unidas para a Infância e o Banco Mundial, "99% por cento das mortes maternas ocorrem nos países em desenvolvimento e a maioria poderia ser evitada por meio de intervenções".
Segundo Fernanda Pessoa, o último boletim da Secretaria da Saúde, divulgado em 2014, mostra que a Razão da Mortalidade Materna no Ceará diminuiu em 26,8%, com redução de 82,5 óbitos por 100 mil nascidos vivos em 2013 para 60,4 em 2014, quando 77 mulheres morreram em partos em 54 municípios cearenses. "Mesmo com a queda mundial da mortalidade (materna), precisamos prosseguir ampliando o atendimento às nossas mulheres", defendeu.