O superfaturamento de R$ 4,1 milhões em uma obra da Cagece, no município de Tauá, nos Inhamuns, capa do Diário do Nordeste desta terça-feira (19), repercutiu entre deputados na Assembleia Legislativa do Ceará. Oposição quer a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) parar apurar o caso, enquanto base assegura que já está tomando as medidas necessárias.
O assunto foi levado à Tribuna pelo novo líder do Governo na Assembleia, deputado Julinho (PPS), que reforçou o desligamento de quatro pessoas apontadas como responsáveis pelos danos aos cofres da empresa, enquanto outros dois funcionários foram afastados.
"Estamos acompanhando atentamente essa situação. Todo desvio de dinheiro público tem que ser punido, mas a Cagece, já está tomando as devidas providências. Já demitiu aqueles funcionários que comprovamente estavam envolvidos", disse. "Se for comprovado que mais pessoas estão envolvidas nessa situação, por parte da Cagece, ela irá também tomar as devidas providências", completou.
CPI
Para a deputada estadual Fernanda Pessoa (PSDB), o desligamento de funcionários não é suficiente. "Nossa preocupação maior é que não seja só no município de Tauá, que possa ter ocorrido em outros municípios", alertou.
A parlamentar, que integra a oposição ao governador Camilo Santana na Assembleia, informou que vai se reunir com deputados aliados para dar entrada em uma CPI. "Não sabemos se vamos conseguir as assinaturas necessárias, mas sabemos que estamos a favor do povo cearense. Que seja esclarecido esse problema o mais rápido possível", pediu.
Em resposta, Julinho pondera e pede cuidado. "A Casa tem que investigar, através da comissão que trata sobre o assunto ou até de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, aquilo que não se sabe", alerta.