O requerimento da homenagem foi apresentado pela deputada estadual Augusta Brito (PT) e foi subscrito por todos os parlamentares da Casa, com um total de 46 assinaturas.

A homenageada nasceu em Buenos Aires e mudou-se para o Brasil aos quatro anos de idade. Morou no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Santa Catarina, onde fez mestrado e doutorado em Literatura. Ela se mudou para o Ceará em 2010, quando passou em um concurso para professora da Universidade Federal do Ceará, em primeiro lugar.

Lola Aronovich é autora de livros de poesia e crítica de cinema e também é reconhecida nacionalmente pelo blog Escreva Lola Escreva, um dos mais importantes blogs feministas do Brasil, com mais de 200 mil visualizações por mês. Por causa do conteúdo, Lola Aronovich já foi vítima de ataques de grupos misóginos, que a levaram a fazer boletins de ocorrência e buscar justiça. Sua iniciativa levou à prisão um dos maiores criminosos da internet, em 2017.

A professora inspirou a criação de uma lei que leva seu nome, a Lei Lola, de autoria da então deputada federal Luizianne Lins (PT-CE). O texto da lei inclui, pela primeira vez, o termo misoginia na legislação brasileira e atribui à Polícia Federal o dever de investigar crimes cibernéticos contra mulheres.

Seus temas e sua luta ganharam reconhecimento da Câmara dos Deputados em 2017, por meio da medalha Mietta Santiago, e também foi escolhida Mulher de Destaque no Dia Laranja pelo Fim da Violência contra as Mulheres, pela ONU Mulheres Brasil.

JM/LF