Segundo o parlamentar, a Sociedade Cearense de Ginecologia e a Cooperativa de Ginecologia e Obstetrícia divulgaram uma nota repudiando a violência nas unidades hospitalares do Ceará. “Essa nota conta o que ocorreu no dia 29 de março, quando uma instituição de saúde foi invadida por bandidos, e médicos foram ameaçados por membros ditos de uma facção criminosa”, relatou.
Heitor Férrer informou que o secretário André Costa teria dito que o incidente não aconteceu. “O secretário chamou os médicos de mentirosos. Desrespeitou a classe médica de maneira totalmente irresponsável, invertendo os reais acontecimentos”, enfatizou.
O deputado salientou ainda que entrou com um pedido de audiência pública para debater o ocorrido e a violência dentro de unidades hospitalares. “Precisamos discutir esse assunto na Assembleia Legislativa, trazer à luz os fatos e cobrar providências do Poder Público”, disse.
Para o parlamentar, o Poder Público está tirando o direito de ir e vir dos cidadãos, já que estes têm medo de sair às ruas. “Somos um modelo de gestão que não deve ser seguido. Em 20 anos, a violência no Brasil aumentou em 500%. Vivemos um verdadeiro caos na segurança pública, e o secretário só se importa de tapar o sol com a peneira”, criticou.
Em aparte, o deputado Julinho (PDT) frisou que a nota divulgada pelos médicos não conta exatamente o que ocorreu na unidade hospitalar. “O que ocorreu foi que gestantes que estavam dentro do hospital ameaçaram uma equipe de obstetras. A cooperativa dos médicos precisa ter responsabilidade na hora de falar o que aconteceu. Todo o caso já está sendo investigado”, afirmou.
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