O deputado Fernando Hugo (PP) destacou Plenário da Assembleia, matéria do Diário do Nordeste, sobre o crescimento populacional em Fortaleza, constatado em estudo da Empresa Brasileira de pesquisa Agropecuária (Embrapa), pode contribuir para o problema da violência. O parlamentar alertou sobre a importância dos dados e defendeu que os poderes Legislativos Municipal e Estadual discutam a questão a fim de obter maior controle da natalidade.
De acordo com o levantamento do órgão, Fortaleza é a quarta cidade do Nordeste e a 12ª do País, entre os municípios com população superior a 2 milhões habitantes. A Capital cearense é ocupada por mais de 8 mil pessoas a cada km². No ranking por unidades da Federação, o estudo mostra também que o Ceará ocupa a 12ª posição, com uma taxa de densidade demográfica urbana de 3.207 habitantes por quilômetro quadrado.
Para Fernando Hugo, esse cenário de crescimento populacional é umas das motivações do agravamento da insegurança no Estado. "Fortaleza tem, indiscutivelmente, pano pras mangas de assim manifestar-se como uma cidade desprovida de paz social e isso não posta-me como um crítico oportunista ou barato, é ver os dados, e o governo não nega e apresenta-os na eiva pura da verdade que é inquestionável. Fortaleza tem 2 milhões e 727 mil habitantes, em menos de 50 anos se teve essa assombrosa triplicação de população na nossa Capital. De 1970 pra cá, triplicou a população de Fortaleza não só pela natalidade existente aqui, o êxodo vindo do Interior sempre foi um fato gregário fazendo com que se tenha essa superpopulação", avaliou.
O parlamentar disse que "não podemos continuar nessa crescente e anômala" explosão demográfica e cobrou ações do poder público para controlar a taxa de natalidade.
"É importante que esses dados sejam discutidos na Câmara Municipal, porque Fortaleza alberga como chafariz maior. Uma hora dessa, certamente, a população dentro de Fortaleza é muito maior que 3 milhões de habitantes. Esse estudo serve para podermos cobrar dos entes administrativos maior controle de natalidade. Verificarmos que não podemos continuar nessa crescente, anômala e incontrolável taxa de quase 3 milhões de habitantes. Faço um alerta para se discutir educação primária, educação inicial"