Segundo o deputado Roberto Mesquita, para a oposição cearense "seria um luxo" uma candidatura do senador ao Governo do Estado em 2018
( FOTO: JOSÉ LEOMAR )
O deputado Roberto Mesquita (PSD) foi um dos participantes do encontro realizado em Brasília, na última quarta-feira, reunindo integrantes da oposição cearense, onde trataram da sucessão estadual. Em seu discurso, na sessão de ontem da Assembleia, o deputado disse que para as oposições "seria um luxo" uma candidatura do senador Tasso ao Governo do Estado, no próximo ano.
Tasso não participou da reunião com os deputados federais Domingos Neto e Genecias Noronha, além do vice-prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa. Segundo Mesquita, embora o senador tucano esteja alegre com a mobilização do grupo oposicionista, em nenhum momento sinalizou que poderia ser candidato ao Governo, mas, acrescenta, se ele resolvesse voltar a governar o Ceará, estaria dando uma "demonstração de amor aos cearenses". Tasso já governou este Estado em três oportunidades.
Ao longo do discurso, Mesquita enfatizou em vários momentos a possibilidade de Tasso voltar ao Governo do Ceará. Ao citar políticas públicas implementadas pelo tucano durante os períodos de seus governos, Mesquita afirmou que uma candidatura de Tasso seria a certeza de que "a violência acabaria" no território cearense.
Eficiência
Para o deputado do PSD, o alicerce de "todo o sucesso" que o Estado vem alcançando nos últimos anos foi construído sob o Governo de Tasso Jereissati. Mesquita destacou obras e políticas públicas idealizadas pelo ex-governador que, segundo ele, fazem diferença até os dias de hoje, após vários anos do seu último mandato.
"O senador Tasso pensou em fazer o Estado não bonito para o turista tirar foto ou para o governante tirar foto, pensou nas rodovias estruturantes, pensou no Castelão, na interligação de bacias, pensou no aeroporto, no Porto do Pecém, no Complexo Portuário e Industrial do Pecém. O nosso Estado pagava os salários de forma parcelada, o senador enxugou a máquina pública, modernizou o nosso Estado. Eu, à época, era comerciante da José Bastos e por onde andava ouvia falar de um Ceará desequilibrado, a partir do governador Tasso, o Ceará passou a ser respeitado pela eficiência, pelo processo de industrialização, pelos seus equipamentos".
Mesquita falou também sobre os problemas encontrados por Tasso Jereissati ao assumir o governo cearense e do que fez para superá-los. "Em 1986, quando o senador Tasso assumiu(em 1986 ele foi eleito e a posse foi em março de 1987), o maior desafio que ele encontrou de cara, e não se furtou a atacar, foi a mortalidade infantil. Naquela época, o Estado envergonhava o Brasil, porque a maior parte das crianças que nasciam nas condições adversas, elas não completavam um ano de vida".
Deferência
O senador atacou esse problema, disse o deputado, "e foi mais além, criou o programa dos agentes de saúde. Na época, o Ceará era visto como a terra da pistolagem, quem mandava no Ceará eram os pistoleiros. Acabou depois do Tasso. Seria um luxo para o cearense ter um Tasso Jereissati como governador mais uma vez no Estado, teríamos a certeza que essa violência acabaria".
Roberto Mesquita lembrou, ainda, das figuras políticas, hoje importantes para o Estado, que surgiram sob a influência de Tasso Jereissati. O parlamentar destacou o respeito que a classe política tem ao cearense, dada a sua trajetória na vida pública, sem quaisquer suspeitas de atos duvidosos sobre sua atuação.
"Ainda agora, em viagem a Brasília, eu via a deferência de outros quadros da política nacional ao senador Tasso, dada a sua postura. Quem ouviu falar nessa vida inteira em uma atitude de corrupção do senador Tasso? Quem ouviu falar na sua vida inteira em uma atitude que apequenasse a política? E aqui me lembro dos quadros que surgiram a partir do senador Tasso. Cito o ex-ministro Ciro Gomes e recordo de uma entrevista que ele deu. O que dizia? Olhe, o maior homem público que já conheci na vida foi o senador Tasso. O Moroni (Torgan, vice-prefeito de Fortaleza), que ainda hoje é um grande representante da nossa política, é cria do senador Tasso".
Por fim Roberto Mesquita criticou aqueles que, às vésperas das eleições, tentam "manchar" a história de políticos do Estado e defendeu a candidatura de Tasso Jereissati para a eleição ao Governo no ano que vem.
"Quanto mais candidatos existirem oferecendo propostas de Governo a um Estado ou a uma cidade, mais se festeja a democracia. Agora, criou-se um modelo de sempre ao sabor do momento político se tentar destruir biografias. Ainda há pouco foi com o senador Eunício, há pouco tempo foi com o conselheiro Domingos Filho. Eu gostaria de fazer um apelo, se o senador, do alto dos seus 70 anos, se dispusesse a nos governar de novo, nós teríamos só o que comemorar".