A proposta, que chegou à AL sob a forma da mensagem nº 8.074, prevê, entre outras, a extinção da Secretaria de Relações Institucionais. Suas atividades serão repassadas para o Gabinete do Governador, assim como a coordenação da Casa Militar, que perderá o status de secretaria e órgão da Administração Direta.
O Gabinete do Governador deverá ainda absorver as atividades e competências do Conselho Estadual de Educação e da Secretaria de Políticas Sobre Drogas.
A proposta envolve ainda a extinção do Instituto de Desenvolvimento Institucional das Cidades do Ceará (Ideci), cujas atribuições serão divididas entre o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) e Secretaria das Cidades. Também prevê extinguir o Departamento de Arquitetura e Engenharia (DAE), que terá suas competências repassadas à Secretaria de Infraestrutura.
Para Ely Aguiar todas essas pastas são “cabides de emprego”. “Foram criadas para acomodar aliados ou deputados que perderam as eleições, e tudo isso onerando os cofres públicos".
Em aparte, o deputado Odilon Aguiar (PMB) frisou que muitas secretarias não realizam ações efetivas e permanecem estagnadas por falta de prioridade do Governo. “Fui secretário de Agricultura, Pesca e Aqüicultura e lhe digo que o orçamento da pasta só dava para pagar os funcionários”, disse, ao assinalar muitas estão na mesma condição. “É falta de critério e prioridade do Governo”, acrescentou.
Roberto Mesquita (PSD) concordou com Odilon Aguiar e salientou que o Governo “gasta mais com a mansão que mantém em Brasília que com a secretaria de Combate às Drogas”. “Parece piada que tenhamos gestores com esse tipo de atitude”, observou.
PE/AT