“Entendo que nosso senador vai ser a voz do estado do Ceará junto ao presidente Michel Temer, pois sei que tem saída para a Previdência. Não vai ser penitenciando o contribuinte que nós vamos fazer o PMDB brilhar no nosso País, nem no Ceará”, ressaltou.
Ela destacou que não poderia silenciar frente a tantas violações de direitos assegurados e, sobretudo, que "penitencia órfãos, viúvas e pessoas com deficiência”. “A Reforma da Previdência me inquieta, não posso concordar e silenciar. Pertenço ao PMDB e é função minha me posicionar e dizer o que penso”, comentou.
Segundo a peemedebista, é grande o número de empresas que estão em débito com a Previdência Social, como denunciou o deputado federal Cabo Sabino (PR-CE). A deputada defendeu que, antes que a reforma seja feita, é necessário fazer auditoria na Previdência. “Se existem empresas devedoras e sabemos que são muitas, que elas paguem o débito”, afirmou. A parlamentar aponta ainda a necessidade de investigar se os recursos do fundo previdenciário foram utilizados com outro fim. “Quanto estamos devendo; como foi criado esse rombo; de quantos governos vem se criando esse rombo? Pois vamos consertar”, acrescentou.
Dra. Silvana também discorda de terem sido excluídos da reforma os servidores estaduais e os funcionários públicos de municípios que têm regimes próprios de Previdência. “Achei bárbaro dizerem que tiraram estados e municípios da história. E os outros? Não são gente? Os terceirizados, trabalhadores autônomos não são gente?”, assinalou.
A parlamentar também se diz contrária ao voto de lista fechada, um dos pontos da Reforma Política. “Estamos num país livre, onde escolhemos as pessoas pelo voto democrático. Quero chegar com o voto livre e que confiam no meu trabalho”, disse.
Em aparte, o deputado Renato Roseno (Psol) disse acreditar que a proposta é uma contrarreforma contra os trabalhadores. Para ele, querem estruturar as contas públicas tirando do mais pobre para dar para o mais rico. De acordo com ele, dos 184 municípios cearenses, em 116 a arrecadação é menor que os repasses da Previdência Rural.
LS/AT