Audic Mota lembrou que Mauro Filho mostrou um Ceará “de bonança, onde as dívidas estão sendo pagas e há dinheiro em caixa”. A situação, segundo ele, é "bem diferente do apontado pelos gestores de secretarias essenciais, como de Saúde e Segurança Pública, que já alegaram, diversas vezes, o não cumprimento de políticas públicas por falta de recursos”.
Ele ressaltou a aprovação da elevação de tributos no ano passado, pela Assembleia Legislativa, e informou que essa medida terá reflexos já na receita estadual deste ano. “Então, se há dinheiro em caixa, aprovamos reajuste de tributos,e os relatórios mostram que está sobrando dinheiro, o que impede o reajuste salarial dos servidores do Estado?”, questionou.
Para o peemedebista, a disparidade dos discursos promovidos pela Secretaria da Fazenda e o restante das pastas do Governo Estadual deve deixar de existir, “sob pena de acharmos que há dois governos gerindo o Ceará”.
Em aparte, a deputada Dra. Silvana (PMDB) elogiou o discurso do colega de partido e reforçou que o Estado deve direcionar a atenção aos seus servidores. “Impostos foram reajustados, então é hora de mostrar à população esses gastos revertidos em benefícios”, defendeu.
Já o líder do Governo na AL, deputado Evandro Leitão (PDT), observou que o discurso de Mauro Filho “não foi de bonança”. “Foi um discurso moderado, em que ele afirmou que o Ceará tem pago suas dívidas e, em virtude disso, elevado seu crédito”.
Sobre o reajuste salarial dos servidores estaduais, o líder pontuou que “o Governo nunca negou reajustar seus vencimentos”. “O Governo só determinou um prazo, que será até o dia 31 de março, para analisar a situação e dar um parecer publicamente”, explicou.
PE/JU