De acordo com o parlamentar, apesar de surgir cobranças e debates na Assembleia Legislativa sobre a necessidade de uma reforma política e eleitoral, isso é algo que, efetivamente, não cabe aos legisladores estaduais, mas sim ao Congresso. O deputado destacou que questõe como essa precisam de discussões amplas. “Podemos reverberar e fazer ecoar e instigar essas discussões nas bancadas federais”, pontuou.
Audic Mota afirmou, porém, que o parlamento estadual precisa debater sobre o fundo partidário e seus critérios de distribuição e proporcionalidade de verbas, restritos ao tamanho da base no Congresso Nacional. “Uma vez essa distribuição realizada, é como se o resto do País, o conjunto de mais de 27 estados, de mais de cinco mil municípios, simplesmente não existisse. Um único presidente de partido tem o pode direcionar o recurso”, criticou.
O deputado ressaltou também que os partidos precisam estabelecer parâmetros mínimos para controlar a distribuição dos recursos que ingressam no partido. “Tem partidos estaduais que estão abandonados. Não têm condições para suas despesas ou para fazer uma atividade partidárias”, pontuou.
Audic Mota também solicitou que o processo de eleição da Mesa Diretora da AL seja tratado de “forma democrática”, com discussões amplas e não de forma apressada. “É preciso diálogo aberto com todos os parlamentares. Temos que seguir uma liturgia e buscar um consenso. É preciso diálogo entre as lideranças de vários partidos”, afirmou.
O parlamentar destacou ainda que é preciso um consenso, para assim construir uma proposta em torno da AL, afim de modernizar procedimentos, facilitar tratativas sobre emendas parlamentares, orçamento impositivo, e outros temas que são desafios internos e pertinentes para a Casa e para os parlamentares. “Não sou candidato a nada, mas quem se coloca como pré-candidato tem que ter proposta de construir essa unidade. Tem que ter maturidade interna e externa para fazer isso”, enfatizou.
A deputada Dra. Silvana (PL), em aparte, comentou sobre a exigência de presença mínima de candidaturas femininas para que partidos recebam verbas do fundo eleitoral e do fundo partidário. De acordo com ela, as mulheres devem entrar na política por vocação e por vontade de assumir os cargos e trabalhar para o povo, e que isso poderia evitar crimes como de “candidaturas laranjas”.
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