O parlamentar afirmou que dados do Portal da Transparência, do Governo Federal, provam que, em 2014, enquanto o município passava por necessidades em vários áreas, como saúde e educação, a prefeitura de Pacatuba pagou cerca de R$ 264 mil apenas a um advogado. “O município cheio de necessidades, hospital que não tem nem luva para seus profissionais, posto de saúde fechado, escola caindo aos pedaços. Mas o advogado ganhou essa bagatela em um ano”, criticou. Conforme o parlamentar, com o valor gasto, a prefeitura poderia ter adquirido cerca de 10 ambulâncias ou quatro caminhões.
Gastos com empresas de transportes, atrações musicais e equipamentos para construção, também foram alvos de criticas de Carlomano Marques. “Só uma empresa de equipamentos para construção recebeu, entre 2013 e 2014, R$ 1,4 milhão. Se isso não for falha administrativa, não sei o que é. Vou levar essa documentação para o Tribunal de Contas dos Municípios, pois moro em Pacatuba e não vou ser conivente com isso”, anunciou o deputado.
Em aparte, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) afirmou que a mesma situação acontece no município de Lavras da Mangabeira e com o mesmo advogado de Pacatuba. “Esse advogado trabalha o mesmo expediente em Lavras da Mangabeira, recebendo cerca de R$ 28 mil mensal como procurador do município, e o prefeito ainda teve a petulância de contratar outro procurador por R$ 2.500,00. “Isso é no mínimo estranho”, avaliou Danniel.
Os deputados João Jaime (DEM) e Ely Aguiar (PSDC) consideraram o pronunciamento do deputado Carlomano Marques como um alerta para que o Tribunal de Contas dos Municípios fiscalize prefeituras com gastos suspeitos.
LA/CG