A parlamentar disse que a greve “é fruto de acordos firmados pelo governador Cid que não foram cumpridos. E quando o governador descumpriu o que foi acordado, ele não deixou apenas os professores, servidores e alunos das universidades em uma situação difícil. Colocou também esta Casa em uma situação de dificuldade, já que o acordo foi mediado pelos parlamentares”, afirmou.
A deputada lembrou ainda que os professores, juntamente com os estudantes e servidores das três universidades estaduais (Uece, UVA e Urca), entraram em greve no final do ano passado, época na qual ocuparam a Assembleia Legislativa em ato de protesto, para apresentar as suas reivindicações e cobrar um diálogo com o governador. “Acompanhamos, na ocasião, de muito perto, a luta dos professores, estudantes e servidores. Conseguimos realizar uma audiência pública de mediação, quando os professores tiveram a oportunidade de colocar todas as graves dificuldades enfrentadas pelas universidades públicas do nosso Estado”, pontuou.
Eliane informou ainda que a principal reivindicação do grupo, que era a realização de concurso público, não foi atendida. Segundo ela, só na Uece há 163 vagas aguardando serem preenchidas. No total, a demanda das três universidades estaduais é de mais de 800 docentes. “Estamos completando um ano daquela greve, e os professores foram obrigados a entrar de novo em greve; e o concurso não sai do papel, embora cargos já existam e precisam apenas serem preenchidos. É necessário, apenas, que o concurso seja autorizado em caráter emergencial”, cobrou.
Dentre os pontos reivindicados, Eliane destacou a realização de concurso público para professor efetivo; compromisso com a continuidade das conquistas já definidas por ocasião do último movimento; e realização de audiência com as entidades representativas das comunidades universitárias na primeira semana do novo Governo, para discutir os encaminhamentos dos itens assumidos na Carta Compromisso de 22 de outubro deste ano.
Em aparte, a deputada Fernanda Pessoa (PR) se associou ao pronunciamento de Eliane Novais e pediu que o líder do Governo, deputado José Sarto (Pros), busque junto ao governador em exercício, Zezinho Albuquerque, abertura de diálogo com a categoria.
DF/CG