Heitor Férrer defendeu a movimento de paralisação dos professores, que, na avaliação dele, diante de tantas dificuldades, chegaram ao ponto limite. O parlamentar lembrou que a primeira etapa da paralisação dos professores começou em setembro de 2013 e terminou em janeiro de 2014. “Cinco meses de prejuízo para a universidade, para o ensino público superior, para os estudantes e para o Estado”, disse.
O deputado informou ainda que a nova paralisação dos professores foi deflagrada em setembro deste ano. "São 68 dias de greve e, obviamente, não podemos mais falar sobre a greve como se fosse a coisa mais natural, quando é uma tragédia”, avaliou.
Segundo Heitor Férrer, um dos motivos que desencadeou a greve foi a falta de professores, problema que poderia ser solucionado com a realização de concursos públicos. O pedetista informou que a carência é de 609 professores nas três universidades estaduais. “Precisa-se de concurso para professores. É uma imensidão, um número elevadíssimo de carência”, pontuou.
O parlamentar considerou a situação um “demérito do Governo, pois as universidades (UVA, Urca e Uece) estão paradas, os alunos prejudicados e os professores sofridos”. De acordo com Heitor Férrer, o curso de medicina da Uece é o 14º melhor curso do País. “Mérito dos professores, alunos e até do Governo”, afirmou.
O parlamentar disse que existem 31 professores concursados à espera de nomeação. Segundo informou, o ato de nomeação já está na mesa do governador Cid Gomes. De acordo com Heitor Férrer, os professores esperam que seja aprovada mensagem governamental, em tramitação na Casa, tratando da criação do quadro de professor associado. A matéria trata de acordo entre Governo e professores.
Em aparte, o deputado José Sarto (Pros) ressaltou que foram atendidas pelo governador quase todas as reivindicações dos docentes. Ele reconheceu, entretanto, que houve estrangulamento devido à falta de consenso entre as três universidades estaduais em relação à quantidade de professores que deveriam constar no edital, e pelo período eleitoral, que veio em seguida e que adiou a questão.
A deputada Eliane Novais (PSB) destacou o esforço da Assembleia Legislativa na greve do ano passado. “E sequer o Governo cumpriu com o principal”, criticou. A parlamentar defendeu uma política permanente de concurso público para que seja possível repor os quadros de professores com mais agilidade. “Espero que o governador se sensibilize antes do final do ano”, disse.
A deputada Rachel Marques (PT), presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia e Educação Superior da AL, que acompanhou de perto a greve, endossou que a maioria dos pontos foram acatados. Faltou apenas o do concurso público. Porém, segundo explicou, a realizaçao do concurso já no primeiro semestre de 2015 é um compromisso assumido pelo governador eleito Camilo Santana.
LS/AT