O parlamentar disse que pediu uma audiência pública para discutir o que vem a ser a própria essência da política e as manifestações populares. Para o deputado, os partidos se apresentam esclerosados, por isso se faz necessária uma reforma profunda dos partidos políticos, para que eles se transformem em legítimos representantes dos anseios populares.
“Na dimensão política, temos que ultrapassar o momento da violência e reconhecer o direito do outro. Todos somos a favor dos partidos. Mas, desde o século passado, percebe-se uma necessidade de modernização da representatividade e revitalização dos partidos”.
Teodoro lembrou que o presidente do STF disse serem de mentirinha os partidos políticos, defendendo a redução dos poderes das siglas partidárias. “O povo não se sente representado, mas os mandatos pertencem ao partido”, avisou. O deputado observou que Joaquim Barbosa defendeu a candidatura avulsa, sem necessidade de o candidato se filiar a uma sigla partidária. “Os partidos não podem funcionar como cartório e tráfico de interesses. O número crescente de partidos só aumentou a crise da representatividade”. Por isso, na opinião do parlamentar, é necessária a reforma política.
O deputado Dedé Teixeira (PT), em aparte, observou que os debates provocados pelos movimentos garantiram um avanço ao Congresso Nacional, em sintonia com as ruas. “O Senado está desarquivando o projeto de lei do passe livre e garantiu 75% dos royalties para educação e 25% para a saúde. Essas foram reivindicações da população, como também a derrubada da PEC 37”. Para o deputado, esses assuntos jamais seriam trazidos ao Congresso se não houvesse manifestações.
O deputado Fernando Hugo (PSDB) acrescentou que não adianta somente a convulsão social. “Precisamos de lideranças e a democracia precisa de partidos. Se o Congresso atual é péssimo, foi o povo que escolheu e os botou lá. É importante que a nação não se afaste da democracia”, afirmou.
A deputada Dra.Silvana (PMDB) disse que o povo precisa cortar a própria pele e ver como se está votando hoje. “Quando a população acordar, vai votar e acompanhar o seu representante. É importante votar por ideias e não por ter sido comprado. Sem compra de votos, o País será mais livre”.
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