Dep. Fernanda Pessoa (PR)
Foto: Paulo Rocha
A deputada Fernanda Pessoa (PR) avaliou, no segundo expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa desta quinta-feira (06/12), o desempenho do Ceará no Índice de Desenvolvimento Municipal. O levantamento foi elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e divulgado no último domingo (02/12).
O estudo indicou melhora nas estatísticas cearenses. O Estado subiu duas posições no ranking, passando de 0,71 para 0,73. O status é considerado “crescimento moderado”, mas muito próximo de 0,80, índice tido como “alto”. “Nos últimos dois anos, o Ceará foi o que mais apresentou evolução. É ótimo e eleva nossa autoestima”, frisou a republicana.
Fernanda Pessoa citou os critérios avaliados pela Firjan: consultas de pré-natal, morte por causa indefinida ou evitável, taxa de matrícula, taxa de abandono escolar, taxa de evasão escolar, Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, medido pelo Ministério da Educação) e geração e estoque de emprego formal. Ela enalteceu as avaliações positivas feitas pela Firjan de São Gonçalo do Amarante e Maracanaú.
Os dois municípios são administrados pelo Partido da República, pertencem à Região Metropolitana de Fortaleza e estão entre os 10 melhores do Ceará. “Em 2011, Maracanaú foi a cidade que, proporcionalmente, mais empregou com carteira assinada no País. Priorizamos emprego para quem é de Maracanaú”, explicou. No tocante à educação, disse que 22 das 100 melhores escolas cearenses estão em Maracanaú, cuja comunidade estudantil gira em torno de 50 mil alunos.
Fernanda Pessoa também enalteceu as boas políticas de Juazeiro do Norte, na região do Cariri, e de Quixadá, no Sertão Central. E lamentou o fato de Martinópole, Granjeiro, Pires Ferreira, Forquilha e Chaval terem ficado nos últimos lugares do ranking do Ceará elaborado pela Firjan. “Todos estão longe do circuito das grandes cidades, sofrem com o repasse do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e com os efeitos da seca. Esse estudo alerta para a desigualdade financeira gerada entre as cidades de regiões metropolitanas e as do Interior”.
Por fim, a parlamentar admitiu avanços na realidade do Nordeste. Contudo, criticou “a segregação territorial evidente” no Brasil. “Que se elaborem programas de incentivo à interiorização da indústria para tocar os municípios mais carentes. Fica a sensação de que nossa evolução hoje foi a de outros estados há décadas”, sublinhou.
BC/AT