Conforme ressaltou a parlamentar socialista, as dificuldades no fornecimento levaram, somente em 2012, a Autarquia de Regulação, Fiscalização e Controle dos Serviços Públicos de Saneamento de Fortaleza (Acfor) a registrar 360 multas e notificações no valor de aproximadamente R$ 3 milhões contra a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).
“O que vemos acontecer em Fortaleza é um grave descaso com a população. A realidade é que estamos na metade do segundo mandato de um governo que não conseguiu evitar que o abastecimento de água em Fortaleza e na região metropolitana chegasse à situação crítica que vemos hoje nas manchetes dos jornais”, analisou a deputada, presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Casa.
Para ela, a política de saneamento não acompanhou o crescimento da cidade. “O fato é que o Governo do Estado não tratou com prioridade um problema que já se anunciava há bastante tempo”, afirmou.
“O governador Cid Gomes disse ontem em entrevista à imprensa que a Cagece está enfrentando problemas estruturais, mas o que existe de fato é um desrespeito com a população e uma clara falta de planejamento”, disse ainda.
De acordo com ela, as explicações dadas pela Cagece sobre o problema são “vagas”. “A população precisa ser claramente informada sobre o que está sendo feito”, cobrou.
No requerimento apresentado, a parlamentar solicita também dados sobre o nível de pressão da água que chega em cada bairro da cidade, porque somente assim teremos condições de conhecer a real situação da falta d’água.
Segundo ela, a Acfor estabelece que a água chegue nas residências ininterruptamente com uma pressão de pelo menos sete metros e meio de coluna d’água. “Mas isso não está acontecendo nem na Capital e nem em várias cidades do interior”, denunciou.
DA/CG