Após já ter chamado o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) de “meu presidente” em vídeo, o deputado estadual Capitão Wagner (PR) dá sinais de que deve se afastar do pré-candidato à presidência.
O apoio a Bolsonaro gerou impasse com o senador Tasso Jereissati (PSDB), dificultando sua candidatura ao Governo do Estado. Enquanto Wagner avaliava que apoio a Bolsonaro seria positivo porque parte da sua militância apoia o militar para a presidência, Tasso vetou o nome dele no palanque da oposição, mesmo em um formato de “palanque aberto”, sem candidato oficial.
No mês passado, Wagner se reuniu com presidente PSL no Ceará, Heitor Freire, e com o coordenador da campanha de Bolsonaro no Nordeste, Julian Lemos. Agora, tendência é de que se mantenha neutro.
“Eu não tenho compromisso de votar no (Geraldo) Alckmin (PSDB), o que ficou definido é que, como o PSDB e uma parte dos partidos da oposição vão apoiá-lo, eu não vou ter como coordenar campanha do Bolsonaro”, explicou Wagner.
Políticos que participaram de reunião da oposição na última quinta-feira, 15, afirmaram que Wagner “deixou claro” que não votaria em Bolsonaro e que tudo havia sido um mal-entendido. “Ele tinha dito que a militância dele é Bolsonaro e que não poderia ficar contra a militância”, afirmou Francini Gudes, presidente estadual do PSDB.