O governador Camilo Santana reagiu com indignação às afirmações do delator da JSB, Wesley Batista, que citou secretários estaduais no suposto recebimento de propina em troca da liberação de créditos do ICMS junto ao Governo do Ceará, em 2014. Para Camilo, o delator é “criminoso”. A manifestação foi uma resposta ao questionamento sobre o pedido de afastamento dos secretários Arialdo Pinho (Turismo) e Antônio Balhmann (Assuntos Internacionais), apresentado pelo deputado estadual Heitor Férrer (PSB).
“Não existe nenhuma denúncia formal. O que existe é um delator criminoso que fez uma declaração na imprensa e eu não vou fazer nenhuma atitude no meu governo baseada em um criminoso que faz delação”, disparou Camilo.
Segundo o depoimento de Wesley Batista, dono do grupo J&F e do frigorífico JBS, Arialdo Pinho, à época chefe da Casa Civil, e o então deputado federal Antônio Balhmann liberaram o pagamento de R$110 milhões de créditos de ICMS devidos a JBS em troca do repasse de R$ 20 milhões para a campanha de Camilo Santana, em 2014.
Eleições
Sobre a decisão do congresso nacional do PT, promovido no final de semana, que aponta para o apoio às eleições diretas no caso da saída de Michel Temer (PMDB) da presidência da República, Camilo disse que “nunca” defendeu as eleições indiretas. Para a imprensa, o governador explicou ter dito que “caso fosse realizada a eleição indireta, que é o que diz a Constituição hoje, caso houvesse a vacância do cargo” e “se os nomes fossem de dentro do Congresso [Nacional], o nome do senador Tasso [Jereissati] é um nome respeitado e que seria muito bom para o Estado do Ceará”.
As declarações de Camilo Santana foram feitas, ontem, após solenidade de assinatura do Decreto de Regulamentação do Parque do Cocó, em Fortaleza.