"É preciso, nessa hora, que de mãos dadas clamemos para que o Governo Federal possa isonomicamente tratar o Estado do Ceará". A declaração partiu do deputado estadual Fernando Hugo (PP), ontem, em discurso na Assembleia Legislativa. Ele apresentou ofícios encaminhados pelo governador Camilo Santana (PT) aos senadores Eunício Oliveira (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB) pedindo apoio dos dois junto ao Governo Federal para que sejam adotadas medidas visando a retomada, o mais breve possível, das obras da linha Leste do Metrô de Fortaleza.
"É indispensável que nós todos, nesse momento de dificuldade geral e até moral, possamos nos irmanar e cobrar, como é de direito cidadão e, em especial de nós, que somos referendados pelo voto a estarmos nesse plenário representando mais de 8 milhões de habitantes cearenses", defendeu o pepista.
Afirmando que as informações que repassava eram precisas, ele relatou que, diante dos episódios inerentes à falta de agilidade atual do Governo Federal para o término da obra da Transposição, por exemplo, é necessário que todos, sem lado de oposição, situação ou postura neutra, clamem "suplicantemente" para que a água chegue.
Reclamando que no Parlamento estadual muito se critica a situação que considerou "feia, horrorosa e mostradora de situação de ócio e letargia" que seria a obra do Metrô, na linha Leste, Hugo mostrou contrato de financiamento da abertura de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para passar ao Governo do Estado R$ 1 bilhão destinados à linha leste do Metrô. "Não estou inventando. Aqui estão cópias contratuais do que foi acertado e acordado desde a época do Governo Cid (Gomes), com o então desgoverno petista que reinava precariamente o País".
Humildade
Após ler os ofícios, o parlamentar apontou que o governador "foi mais cearense do que se pode imaginar", ao ter tido humildade de ir ao gabinete de Eunício, que foi seu adversário na eleição. "Não podemos deixar de mostrar esse ato que dignifica e enaltece. Colocou o Ceará à frente de seus propósitos e interesses políticos, além de alguma sequela que possa ter ficado".