A reforma da Previdência é uma proposta pensada com sérias e graves mudanças, que recairá, segundo especialistas, contra o lado mais fraco, ou seja, o trabalhador que contribui com o INSS. A afirmação partiu da deputada estadual Fernanda Pessoa (PR) que, em discurso na sexta-feira (17) na Assembleia Legislativa, apontou que o preço da reforma será cobrado dos mais pobres, mais idosos e das pessoas com deficiência.
"Para se ter uma ideia, esta reforma propõe que a pessoa trabalhe 49 anos para ter a aposentadoria integral. Que não é bem integral assim, pois sabemos que alguns benefícios são perdidos", afirmou. Ela rechaçou a ideia de padronizar a idade mínima para a aposentadoria e destacou, ainda, que a Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos das Mulheres já enviou ofício ao presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB), no qual solicita a anulação do ponto que prevê mesmas regras para homens e mulheres.
"Peço o apoio também de todas as mulheres parlamentares, das nossas representantes federais Gorete Pereira e Luizianne Lins, das senadoras e de nossa bancada no Senado", ressaltou.
Outra injustiça da reforma proposta pelo governo, colocou Fernanda Pessoa, poderá afetar idosos e pessoas com deficiência. "Estas pessoas também estão preocupadas com a proposta da reforma que quer desvincular do salário-mínimo benefícios como o da Prestação Continuada e pensão por morte", citou. Ela salientou que a reforma previdenciária é uma necessidade, mas disse estar preparada para a "luta dura" que se configura. "É preciso um debate aprofundado, pois vamos mexer e alterar toda uma estrutura social".