Roberto Cláudio (PDT) e Capitão Wagner (PR) dizem que, nos próximos dias, vão intensificar diálogo direto com o eleitorado
( Fotos: José Leomar/Helene Santos )
No Ceará, apenas Fortaleza e Caucaia cumprem com a exigência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para possível realização de segundo turno para eleger prefeitos. O pleito complementar, que em 2016 está marcado para o dia 30 de outubro, só pode acontecer nos municípios com mais de 200 mil eleitores. Nas cidades com número abaixo disso, a eleição é decidida no primeiro turno, que acontece no próximo domingo (2), e vence o candidato mais votado.
Com base nas últimas pesquisas realizadas pelo Ibope, na Capital há maior possibilidade de os eleitores precisarem voltar às urnas no dia 30 de outubro. Pelos levantamentos de intenções de voto, o atual prefeito Roberto Cláudio (PDT) e o deputado estadual Capitão Wagner (PR) estão tecnicamente empatados. Considerando apenas a simulação dos votos válidos de cada candidato, quando são excluídos os votos brancos, nulos e indecisos, o pedetista tem 38%, seguido do republicano, com 30%. Luizianne Lins (PT) soma 19%, conforme dados de 14 de setembro.
Além da posição à frente dos demais, Roberto Cláudio (PDT) comemora queda no índice de rejeição, quando também na última pesquisa ficou demonstrado que caiu de 35% para 24%. "Entretanto, isso é só uma pesquisa e precisamos olhar com humildade, porque até o dia do eleitor decidir de verdade tem um grande intervalo de tempo. Até lá, vamos buscar o verdadeiro resultado que queremos, que é o do dia 2 de outubro", avalia.
Nestes últimos dias de campanha, o candidato à reeleição diz que estará ainda mais presente nas ruas de Fortaleza, fazendo contato direto com o eleitorado. "Precisamos, primeiro, garantir que estaremos na frente na contagem de votos no primeiro turno. Se for preciso buscarmos a reeleição em um segundo turno, assim faremos, mas, agora, estamos pensando nos votos favoráveis que podem nos manter na disputa, e estão em constante crescimento", aponta.
Na avaliação de Capitão Wagner, é praticamente impossível que um dos postulantes consiga assegurar eleição já no primeiro turno. "Acho muito difícil qualquer um dos candidatos ganhar no primeiro. A menos que aconteça algum fato de grande repercussão nos últimos dias de campanha, mas a tendência é que tenhamos segundo turno", diz.
Eventos de rua
O republicano não acredita que os institutos tenham apresentado pesquisas erradas ao ponto de um candidato surpreender e ter mais de 50% dos votos. "Na minha opinião, teremos segundo turno e a nossa expectativa é de estarmos lá", afirma. Para isso, ele conta que sua campanha tem sido intensificada desde a semana passada, com ampliação de eventos de rua na Capital. "São muitas as caminhadas em bairros populosos da cidade e a intenção é dar continuidade a essa agenda intensa".
Como não acredita que alguém possa arrematar já no primeiro turno a eleição, Capitão Wagner adianta que, caso chegue ao segundo, vai trabalhar para atrair militantes e eleitores dos demais candidatos que ficarem fora da disputa decisiva. "Não temos como procurar ninguém, agora, para que não se torne algo desrespeitoso. Todos têm a expectativa de estar no segundo turno e não podemos chamar, já agora, para o nosso lado", pondera o republicano.