O Governo do Estado apresentou emenda modificativa ao projeto de lei complementar de sua autoria, que tramita na Assembleia Legislativa do Ceará, para a contratação temporária de profissionais para a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor). Ontem, foi lida a mensagem do Executivo apontando informações como o número de vagas, exigências e salários. Tais itens não constavam no projeto original, o qual afirmava apenas que o quantitativo de profissionais a serem contratados, bem como as categorias, habilitações e salários, seriam descriminados em edital de seleção pública a ser publicado posteriormente.
A emenda traz anexo expondo que serão ofertadas seis vagas para o cargo de Assistente Condutor, com exigência de nível médio e experiência mínima de dois anos na condução de trens. O salário será de R$ 1.052,13. Já para quem quiser concorrer ao cargo de Assistente Controlador de Movimento, estarão disponíveis três oportunidades, com salário de R$ 1.388,25. Os que ocuparem as três vagas disponíveis para Assistente Operacional receberão R$ 1.052,13. Por fim, para o cargo de Auxiliar Operacional, o número de vagas é maior, sete ao todo, e o salário é de R$ 943,38. Todas as vagas exigem Ensino Médio e experiência mínima de dois anos, com registro em carteira.
Para justificar as contratações, que terão tempo determinado de um ano, sendo prorrogável por igual período, o Governo do Estado alega haver a necessidade de admissão de empregados para a execução das atividades voltadas à operação dos serviços de transporte coletivo de passageiros.
No projeto, consta que o quadro atual de empregados da companhia impede ações mais efetivas para a plena operação dos sistemas de transporte. Atualmente, estão em operação as linhas Sul e Oeste, em Fortaleza, e os sistemas VLT do Cariri e de Sobral.
Déficit
Segundo o governo, em 2002, quando houve a estadualização dos serviços de transporte ferroviário coletivo de passageiros, 364 funcionários da antiga CBTU passaram a compor os quadros do Metrofor. Desde então, houve perda de cerca de 30% do quadro de pessoal, contando hoje com 253 empregados, incluídos 65 já aposentados, que estão sendo aproveitados, mas que podem se desligar da companhia a qualquer momento.
A maior baixa é verificada nas funções operacionais, voltadas à execução do serviço de transporte. Na proposição, assinada pelo governador Camilo Santana, consta que o governo considera "necessidade temporária de excepcional interesse público" a execução das atividades relacionadas à continuidade e à ampliação da operação do sistema metroferroviário do município de Sobral, de forma a atender aos anseios da população.
O déficit no quadro de profissionais do Metrofor, segundo assina a gestão estadual, tem impedido ações mais efetivas para o atendimento da população, sendo uma delas a comercialização do Sistema VLT de Sobral, o qual desde outubro de 2014 ainda funciona em operação assistida, de segunda a sexta-feira, das 8h às 12h, embora já esteja apto a iniciar operação comercial.