Líder do governo na Assembleia, Evandro Leitão (PDT)
foto:MÁXIMO MOURA/DIVULGAÇÃO
Com risco de paralisações nos próximos dias, servidores públicos do Estado realizam hoje caminhada em protesto contra possível congelamento salarial para algumas das categorias.
Segundo o Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos (Fuaspec), os manifestantes sairão às 8 horas da Praça da Imprensa em direção à Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.
O evento ocorre em resposta à proposta feita pelo governo Camilo Santana (PT) para entidades trabalhistas. Na última segunda-feira, 6, o governo anunciou que não poderá conceder reajuste linear para todos os servidores e que irá negociar com cada categoria. Servidores pedem reajuste geral de 12,67% - 10,67% da inflação mais 2% por perdas salariais.
Entre as categorias em protesto, estão professores, auxiliares administrativos, motoristas, policiais e agentes penitenciários. O governo garante reajuste linear apenas para servidores que recebem o salário mínimo.
“O funcionalismo público cearense corre o risco de parar nos próximos dias.
A frustrada busca pela reposição salarial é a principal para essa paralisação”, diz nota do Fuaspec.
Reunião
O líder do governo na Assembleia Legislativa, Evandro Leitão (PDT), afirma que o governo está abrindo diálogo permanente com as categorias e que receberá os manifestantes.
Leitão destaca, no entanto, apelo para que servidores se conscientizem da atual situação econômica do Estado em função da queda de repasses federais e da crise econômica.
“A gente espera que exista bom senso. Estamos em um momento extremamente difícil, com quedas nos repasses federais e no Fundo de Participação dos Estados. Então, ficamos sem capacidade de investimento, a situação fica bem comprometida. Os estados não têm condição que permita um reajuste geral para todas as categorias”, disse o líder.
O Fuaspec, porém, afirma que vem tentando, desde o ano passado, ter audiências no Palácio da Abolição para tratar do assunto. “Fato ignorado pelos secretários e pelo próprio Executivo”, critica a entidade.