O deputado Roberto Mesquita (PV) cobrou uma ação mais eficiente por parte da Cagece, no que compete ao saneamento básico em Fortaleza. De acordo com o parlamentar, a Capital cearense é a quinta capital do País em população e possui apenas 41% da cobertura de saneamento básico. "A Empresa esquece que os mais simples também precisam ligar suas fossas na rede de esgoto da cidade", alegou. O parlamentar entende que a cidade nunca teve um planejamento. E isso, acredita, dificulta a extensão da política de saneamento básico. Isso porque, explica, é comum as periferias serem divididas por quadras formadas por becos que, segundo ele, acabam se transformando em verdadeiras cidades construídas por pequenas residências que não são assistidas por políticas públicas básicas, como saneamento. Por conta da falta de um planejamento na cidade, existem, na visão do parlamentar, conglomerados de casas que acabam não sendo vistos pela Cagece. Nos cálculos de Roberto Mesquita, a cada três fortalezenses, dois não têm cobertura de saneamento básico, um direito, segundo ele, que começou a ser discutido ainda no século passado e ainda hoje é um problema. "O que precisa é de boa vontade e o saneamento é obrigação primeiro do Estado, mas cabe também à União e ao Município. No Estado do Ceará temos a Cagece, mas ela não presta o serviço. Tem técnicos maravilhosos para realizá-lo, mas nada faz para avançar no saneamento", diz. Problema Outro problema apontado pelo parlamentar são os buracos ou remendos no asfalto, segundo ele, deixados pela Cagece após intervenções. Mesquita sugeriu que a Cagece seja convidada a apresentar, na Assembleia, seu plano de expansão, detalhando quais regiões serão beneficiadas, para que não haja transtornos, entendendo que não dá mais para ficar só "discutindo", enquanto surgem manchetes mostrando que Fortaleza é a 41ª cidade do País em cobertura de saneamento básico. Conforme o deputado Lula Morais (PCdoB), a cobertura de esgotamento sanitário no País é muito baixa, principalmente no Nordeste. Na visão dele, almeja-se uma universalização de esgotamento sanitário em Fortaleza. "Precisamos lutar para isso porque esgotamento garante saúde e preservação ambiental. Isso é uma necessidade", defendeu.