Luizianne, Cid e Ciro participaram do primeiro dia de propaganda eleitoral de seus apadrinhados O início do horário eleitoral gratuito na televisão e no rádio da campanha majoritária foi marcado pela presença de "padrinhos" políticos nos programas dos candidatos a prefeito da Capital, diferentemente do que ocorreu no primeiro dia de aparição dos postulantes a vereador nos meios de comunicação de massa. Na televisão, a prefeita Luizianne Lins, o governador Cid Gomes e o ex-ministro Ciro Gomes participaram da propaganda eleitoral de seus apadrinhados.Apontada, no início da campanha, como esquecida nos discursos feitos pelo candidato Elmano de Freitas (PT), Luizianne não só apareceu no programa do petista como também fez a defesa da sua gestão. Ela falou sobre a redução da mortalidade infantil, geração de empregos, programas de habitação, reforma do estádio Presidente Vargas e construção do Hospital da Mulher, sempre ressaltando o "governo do PT". Luizianne finalizou sua participação no programa dizendo que "criticar é fácil, o difícil é fazer". O tempo de Elmano na TV foi utilizado para apresentar a trajetória do petista. A campanha televisiva do candidato Roberto Cláudio (PSB) teve início com a apresentação da vida privada do candidato, com participação da esposa e depoimentos de outros familiares. Cid e Ciro também foram presença recorrente no horário eleitoral do candidato, destacando o "compromisso de Roberto Cláudio com a saúde pública", que tem sido um dos temas mais comentados nos debates. Praticamente todos os participantes do programa do candidato fizeram referência ao fato de ele ser médico e humanista. Conciliador Tanto Elmano como Roberto Cláudio falaram sobre o estilo negociador de governar. O deputado José Sarto (PSB) fez questão de ressaltar o espírito "conciliador por natureza" do candidato da legenda. Já no início do programa do candidato petista na TV, Elmano fez questão de afirmar que tem desenvoltura para "dialogar, conversar e construir consenso" no governo. Rompendo com o discurso institucional, o programa do candidato Francisco Gonzaga (PSTU), que entrou logo após o programa de Roberto Cláudio, fez críticas às gestões da prefeita Luizianne Lins e do governador Cid Gomes e lembrou que seu tempo na TV se resumia a um minuto. O candidato enfatizou que quer uma "Fortaleza para os trabalhadores". Valdeci Cunha (PRTB), o primeiro postulante a se apresentar, abriu o programa criticando a administração municipal, afirmando que a "cidade está abandonada" e passa por crise em saúde, educação, mobilidade urbana e segurança. Marcos Cals (PSDB) e Heitor Férrer (PDT) foram os únicos que já iniciaram o horário eleitoral com propostas mais específicas. Marcos prometeu a implantação de ônibus-metrô, escolas-modelo, criação do síndico do bairro, que fiscalizaria as ações da prefeitura, e centros de saúde da família. Ele também afirmou ser "a verdadeira mudança". Último a se apresentar no horário eleitoral gratuito, o democrata Moroni Torgan destacou que tenta se eleger prefeito de Fortaleza pela quarta vez consecutiva Inácio Arruda (PCdoB) focou o seu programa na sua trajetória como político e militante. Além disso, afirmou, é necessário "força para mudar e experiência para fazer". Ele declarou também que a população não merece "uma cidade com o desenho do século XIX". Já o pedetista Heitor Férrer garantiu que criaria a Secretaria Municipal de Segurança Pública. Ele disse que, apesar de o combate à criminalidade ser competência do Governo do Estado, a garantia da segurança também é função da prefeitura. No programa, Heitor Férrer se apresentou com jaleco de médico e lembrou sua atuação na saúde pública. O senador Cristovam Buarque (PDT) participou da propaganda do pedetista, além do vice do candidato, Alexandre Pereira (PPS). Transparente O candidato do PSOL, Renato Roseno, apresentou a proposta de uma "nova política" e disse que a campanha do partido é "livre, independente e transparente" e que não está alinhada nem ao Governo do Estado nem à Prefeitura Municipal de Fortaleza. Já o candidato André Ramos (PPL) ressaltou que é o prefeiturável mais jovem, mas "não se intimida" porque construiu história junto aos movimentos sociais, considerando estar preparado para gerir a quinta maior Capital do País. Moroni Torgan (DEM) lembrou que já é a quarta vez que concorre à Prefeitura de Fortaleza, ressaltando que tenta se eleger prefeito da Capital há, pelo menos, 12 anos. O candidato democrata falou sobre uma missão religiosa em que esteve nos últimos três anos, que o teria motivado a voltar a Fortaleza para melhorar as condições de vida da população, principalmente no que se refere à saúde, educação e mobilidade urbana.