No plano nacional, parlamentares do MDB no Ceará são unânimes e não veem prejuízo à imagem deles quando associados ao presidente Michel Temer, cujo governo tem apenas 7% de aprovação. Pesquisa do Ibope divulgada nesta semana revela que 90% dos brasileiros não pretendem votar em nomes ligados ao chefe do Executivo Nacional. Emedebistas cearenses que tentarão reeleição dizem que não sentem o "peso" da impopularidade do presidente no Estado, mas não hesitam em se afastar da imagem desgastada do líder nacional da legenda.
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"Não defendo o governo Temer, muito pelo contrário, me posicionei publicamente pelo afastamento do mesmo no auge das denúncias. A rejeição é visível, não em virtude do afastamento da presidente Dilma (Rousseff), mas efetivamente pelas reformas que ele tem tentado botar em prática", argumenta o deputado Leonardo Araújo.
"Tive o cuidado de trabalhar muito durante todo o mandato e divulgar esse trabalho, portanto, as pessoas nas bases que represento já me conhecem e sabem de nosso posicionamento. As pessoas sabem que todos os partidos políticos, como em todas as profissões, têm os bons e os maus", acrescenta.
Silvana Oliveira também faz questão de manter distância do governo Temer, na medida em que o Governo Federal, segundo ela, "provoca antipatia quando toma medidas como a Reforma da Previdência sem conversar com a população".
"Por que não explicou antes? Como ele faz uma Reforma Trabalhista sem conversar com ninguém do meu partido? Para quem faz política sem prefeituras, sem caciques como eu, não posso apoiar um presidente que, literalmente, cava a antipatia das pessoas", justifica.