Coordenadora das comissões técnicas permanentes da AL desde 2009, Rejane Auto acredita que um dos principais desafios enfrentados pela mulher atualmente refere-se à posição profissional no mercado de trabalho. “A mulher, para adquirir uma chefia, tem sempre que mostrar sua capacidade 10 vezes mais do que o homem. A gente sempre tem de estar à frente, tentando conquistar um espaço que deveria ser igual para todos”, afirma.

Ela também destaca a baixa participação da mulher na política, mas enxerga alguns avanços. “As mulheres temem atuar na política, porque elas não foram educadas para participar desse meio. E a geração mais nova não, essa já está liberta desse preconceito”, avalia.

Com 25 anos de trabalho na Assembleia Legislativa, a chefe de Cerimonial, Tereza Borges, tem pensamento semelhante ao de Rejane. Para ela, uma maior participação política das mulheres seria bastante benéfica ao País. “Temos uma população com mais mulheres do que homens e que, mesmo assim, vota preferencialmente nos homens. Eu acho que a mulher, na política, seria mais atuante, mais dedicada, ela vai querer arrumar a cidade como se fosse a casa dela. Deveríamos ter mais mulheres nas funções de vereadora, senadora e deputada. Eu acho que o Brasil seria mais bem representado”, reflete.

Quebrando os padrões do seu tempo, a servidora Helenir Medeiros,  nunca pensou em ter filhos e, apesar de ter sido noiva uma vez, não tinha o casamento entre as prioridades da vida. “Em casa sempre tive uma vida sem cobranças e com muita confiança. Mas acho preocupante para as jovens de hoje o machismo e o conservadorismo da sociedade. Antigamente não enxergava muito isso, acho que as redes sociais tornam tudo mais público, hoje existe mais transparência". Diante dessa realidade, ela entende que a mulher precisa estar sempre lutando, fazendo-se respeitar e posicionando-se. Há 24 anos como servidora da Assembleia, Helenir é produtora do programa Questão de Ordem, exibido pela TV Assembleia e apresentado pelo jornalista Renato Abreu.

Para Aparecida Andrade Oliveira, servidora da copa no setor de comunicação da AL desde 2013, a mulher possui tanta capacidade quanto o homem para superar os desafios impostos pelo mercado de trabalho. “A mulher também tem o conhecimento, ela sabe como enfrentar também os problemas, tanto quanto o homem, às vezes mais do que ele, eu acho”. Em casa, ela afirma que as tarefas são divididas com o esposo e que a filha fica sob os cuidados de uma babá, já que ambos precisam trabalhar para obter o sustento da casa. Quando questionada sobre o que ainda falta para a mulher alcançar a igualdade, ela responde: “Oportunidade de emprego, de estudo, de fazer um curso, uma faculdade”.

BD/CG