O deputado Roberto Mesquita (PV) lamentou, ontem, durante pronunciamento na Assembleia Legislativa, a morte do engenheiro Kelbson Nogueira Diógenes, no último dia 2 de março, no estacionamento da agência do Banco Itaú, na Avenida 13 de Maio. O deputado pediu ajuda da sociedade para que possa sugerir medidas para evitar ou mesmo coibir, as chamadas "saidinhas bancárias".
O deputado alerta que esse tipo de assalto está se tornando cada vez mais comum e sério, acreditando que ninguém está livre de sofrer com o problema. Entretanto ele admite que não sabe, por enquanto, uma forma ou mesmo uma medida para acabar com esse tipo de prática.
Frustrados
Kelbson Nogueira havia sacado R$ 21 mil, para fazer o pagamento dos funcionários de sua empresa. Segundo o parlamentar, a vítima era colega de seu filho e havia acabado de se formar em Engenharia Civil, pela Unifor. "Todos os colegas se sentem frustrados por ver que ele teve a vida ceifada dessa forma", pontuou.
O parlamentar disse se sentir inerte frente a um problema o qual não vê solução para dirimi-lo. Roberto Mesquita argumenta que não adianta criticar o Estado pelo que está acontecendo, pois ele mesmo não sabe propor ao Governo uma solução. Por isso, considera, "seria a crítica pela crítica".
O deputado disse que pensou sobre algumas sugestões para combater as saidinhas bancárias, mas não acredita que seriam viáveis. "Uma solução seria obrigar os bancos a deixar o dinheiro em casa, mas isso iria onerar os custos bancários e os bandidos ainda iriam me assaltar em casa", alega.
O parlamentar aponta que, nas saidinhas bancárias, os bandidos já sabem quem vão assaltar e o valor que a vítima carrega. Ou seja, de acordo com Roberto Mesquita, eles são informados, até mesmo por pessoas próximas às vítimas, quando irão sacar dinheiro, onde e a quantia.
"Me sinto incompetente, inerte em apresentar uma solução para o problema", revela, pedindo á sociedade que colabore e sugira ideias que possam ser transformadas em lei para abolir essa prática criminosa. Para ele, uma das grandes motivadoras desse tipo de crime são as drogas. Por enquanto, Roberto Mesquita diz enxergar apenas uma solução a longo prazo: mais investimento em educação e em saúde.