O parlamentar disse que esse “desrespeito” causa enormes prejuízos ao Estado. Ele citou o caso do açude Castanhão, que atualmente dispõe de 3,86% da capacidade de reserva, tem suas águas utilizadas para abastecer as indústrias do complexo Portuário do Pecém.
“Não estou criticando, pois esse complexo movimenta nossa economia, mas os moradores de Jaguaretama, município vizinho ao Castanhão, passam sede e não têm acesso às águas”, criticou. Esse exemplo, segundo Heitor, deixam claras as prioridades dos governantes.
O deputado cobrou ainda da bancada cearense de senadores e deputados federais que cobrem ao Governo Federal a solução para essa questão. “É uma novela que já se estende há tempo demais, e só quem sai prejudicado é o povo do Ceará e do Nordeste”, acrescentou.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PP) lamentou a falta de união entre os representantes federais dos estados do Nordeste, e ressaltou que nenhum deles levanta a questão da transposição no cotidiano da Câmara e Senado Federal.
O deputado Nelinho (PSDB) considerou que o abastecimento de indústrias com as águas do Castanhão prejudica os municípios vizinhos que dependem diretamente do açude. Já o deputado Vítor Valin (Pros) apontou que há muito desperdício de água no inverno e rios que deságuam no mar. Ele disse que o dinheiro usado para construir o Acquario Ceará, por exemplo, poderia ter sido utilizado em barragens e reservatórios para evitar esses desperdício.
PE/AT