Na terça-feira (29/10) havia sido publicada instrução normativa estabelecendo, em caráter excepcional, períodos adicionais de “defeso”, motivado pela provável contaminação química decorrente do derramamento de óleo no Nordeste.
Para Sérgio Aguiar, a notícia trazia apreensão pelos prejuízos econômicos que traria aos estados nordestinos, sobretudo ao Ceará, apontando que a desistência da suspensão traz mais alívio. “Não só o setor de pesca seria prejudicado, mas como todo o segmento que atua nesta atividade produtiva de forma geral”, salientou.
De acordo com o parlamentar, “se não fosse o grito de atores importantes do segmento produtivo ou que militam por ele, o nosso setor de turismo e comércio estariam sensivelmente prejudicados”.
O deputado defendeu ainda que seja apresentada alguma forma de requerimento na Casa, solicitando que o Governo Federal enfatize que não há nenhum prejuízo com a pesca de camarão e lagosta no Ceará, e nem riscos de contaminação química por eles.
Em aparte, o deputado Fernando Hugo (PP) considerou que houve uma avaliação precipitada em relação à suposta contaminação de crustáceos comercializados no litoral nordestino. “Não há a comprovação de nenhum tipo de alimento marinho contaminado, e há muitas praias no Nordeste para serem bem aproveitadas, sem equações precipitadas”, destacou.
A deputada Fernanda Pessoa (PSDB) avaliou como importante que o Governo Federal tenha voltado atrás em relação à decisão de suspender a pesca de camarão e lagosta no Nordeste. “Seria um prejuízo enorme para o nosso Estado e para o Nordeste, e precisamos publicizar esta nova notícia”, assinalou.
Já o deputado Vitor Valim (Pros) criticou o Governo Federal pela forma antecipada como lidou com a situação. “O Governo, de uma maneira precipitada, jogou uma pecha, uma suspeição, sobre um setor muito importante do Ceará”, lamentou.
RG/AT