O parlamentar reconheceu a importância de matérias enviadas à Casa, como a da reforma administrativa que diminuía o número de funcionários comissionados, com a justificativa de reduzir gastos. Porém, de acordo com o deputado, o Governo enviou recentemente a mensagem 69/19, que cria a plataforma de modernização da saúde, e cria cargos comissionados, com rendimentos que podem chegar a R$ 5 mil. “Foram extintos mais de mil cargos, com rendimentos de aproximadamente R$ 1.400, e agora o Governo quer criar 91 cargos de indicação, com rendimentos de quase R$ 5 mil. Queria que o Governo explicasse isso”, disse.
Para Heitor Férrer, o Governo usa a boa imagem do secretário de Saúde, Doutor Cabeto, e a necessidade de modernização da saúde, para sustentar a criação desses novos cargos, mas, sem a formalização dos que devem ser alocados nessa secretaria, será gasto de dinheiro público”, criticou.
O deputado pediu agilidade para aprovar a criação da plataforma de saúde em forma de lei, mas salientou que esses cargos devem passar pela aprovação na Assembléia. De acordo com ele, a matéria garante que esses cargos sejam indicados pelo próprio gestor. “O Governador precisa nos respeitar. Respeitar o Legislativo. Não podemos tirar da lei a prerrogativa e responsabilidade da Assembleia na aprovação desses cargos”, ressaltou
Fernanda Pessoa (PSDB), em aparte, comentou que não é a primeira vez que o Governo passa por cima de uma prerrogativa dos deputados. “Recentemente mudaram nome de equipamentos já aprovados por nós. Precisamos ser respeitados”, cobrou.
GS/AT