O parlamentar lembrou os anúncios que o Governo do Estado fez na época dos ataques à rede de transporte público pelas facções criminosas, em janeiro, afirmando que transformaria a Polícia Militar do Ceará na melhor do País. “Mas como fará isso sem dar a reposição que é devida à categoria? Ou sem dar condições de trabalho aos policiais, que precisam trabalham em pocilgas, na imundície e sendo tratados como bichos nos municípios Ceará afora?”, questionou.
O deputado elogiou algumas medidas do Governo do Estado, como a nomeação do secretário de Administração Penitenciária Mauro Albuquerque, mas disse que o momento atual é outro. Segundo ele, a crise nos presídios foi contida, mas há novas lideranças surgindo, e os policiais precisam de condições para identificá-las e combatê-las.
“Se o Governo não mudar o olhar e passar a dedicar alguma atenção à categoria dos policiais, o Ceará pagará um preço caro, pois ataques como os ocorridos em janeiro voltarão a acontecer. Mortes em disputas territoriais por facções já voltaram acontecer, então é questão de tempo até os índices de violência no Ceará voltarem a subir”, avaliou.
Em aparte, o deputado Delegado Cavalcante (PSL) informou que municípios como Pentecoste, cujo destacamento policial cobre quatro outros vizinhos, possui apenas 77 policiais, dos quais 13 estão indisponíveis.
Nesse caso específico, a Polícia Civil, ainda de acordo com Cavalcante, só atua em horário comercial, com a população precisando se deslocar para Itapipoca, quando há alguma ocorrência após as 18h ou nos fins de semana. “A segurança nesses locais precisa ser reforçada com urgência”, afirmou.
PE/AT