Segundo Acrísio Sena, no encontro, 75 líderes mundiais confessaram os seus temores sobre a questão dos avanços tecnológicos e suas ameaças.
“Temas como a influência das redes sociais e as políticas de confidencialidade de dados entre pessoas e gigantes da tecnologia representam desafios reais para a sociedade”, assinalou o deputado.
Acrísio acrescentou que especialistas apontam que os crimes cibernéticos estão entre os cinco maiores problemas globais atualmente.
“Crimes envolvendo lavagem de dinheiro e uma vastidão de outros problemas envolvendo comércio internacional, além da prostituição e tantas outras questões ainda fogem de um controle adequado”, avaliou o parlamentar.
Acrísio Sena lamentou também que muitas mulheres têm suas vidas íntimas expostas na internet, e quando recorrem às delegacias carecem de um acompanhamento necessário para suas demandas.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) reforçou a preocupação do colega com um assunto de tamanha gravidade como os crimes cometidos pela internet. “A internet é um instrumento de excelência, permitindo que as pessoas se atualizem em qualquer área, mas também pode se tornar em algo perigoso quando é utilizada para crimes das mais diversas formas, seja com redes de pedofilia, exploração sexual, calúnias e difamações”, considerou.
A deputada Augusta Brito (PCdoB) lembrou que a Procuradoria Especial da Mulher (PEM) da Assembleia Legislativa, da qual é presidente, debateu o tema violência contra a mulher na internet, durante o projeto Papo com Mulheres, realizado em dezembro de 2018.
“Foi um debate muito proveitoso para as mulheres, em que contamos com a participação da blogueira feminista Lola Aronovich, que inspirou uma legislação sobre misoginia na internet, e é um instrumento que as mulheres possuem e devem conhecer”, apontou a parlamentar.
Já a deputada Patrícia Aguiar (PSD) apoiou a criação de uma delegacia contra crimes cibernéticos no Ceará. “É uma medida que avalio importante, porque os autores de crimes acham que vão ficar impunes, e a impunidade favorece o ambiente criminoso, especialmente as mulheres, que são as maiores vítimas de crimes cibernéticos”, pontuou.
RG/LF