Pergunte ao André
Uma das vezes em que estive em Cuba, fui a convite do presidente da Assembleia do Ceará, deputado Welington Landim, de saudosa memória. Ele e o então primeiro-secretário da Casa, Domingos Filho, foram assinar convênios de cooperação com o Governo de Camaguay, província no centro do país. Lá, estudantes de Medicina, dezenas deles brasileiros, vindos de províncias próximas, como Cienfuengos e outros, pediram, a mim, entregasse ao presidente Lula um documento que aceitasse os médicos formados na Ilha, para o trabalho no Brasil, reconhecendo seus diplomas, mesmo que se aplicasse o processo do “revalida”.
Fi-lo, no meu retorno ao Brasil, encaminhando o documento aos trâmites normais. Em Cuba, ainda estudante, e já em fase de conclusão do curso de Medicina, o cearense André Landim, por coincidência sobrinho de Welington Landim, discutiu por um tempo o assunto comigo, num hotel em Havana. Anos depois, encontro André, casado, revalidado exercendo a Medicina em Crato e em outras cidades do Cariri cearense, prestando serviços às populações que assiste. Pois bem. Se querem saber algo sobre médicos formados em Cuba, sobre a vida em Cuba, sobre a Medicina em Cuba, posso lhes indicar dois caminhos. Um, procurar André Landim, em Crato; dois, procurar em Fortaleza, o médico Mário Mamede, ortopedista que passou um ano em Cuba, sediado em Havana, vivendo como os cubanos, medicando com os cubanos. É apenas uma sugestão de pauta para os que especulam sobre o que não sabem, repercutem o que não entendem, repetem o que não conhecem. E desculpem a intromissão em suas vidas perigosamente felizes.