Sérgio Aguiar salientou que, de acordo com o último relatório da FAO, essa quantidade daria para alimentar aproximadamente 800 milhões de pessoas que passam fome no mundo. “Em números, o desperdício chega a 750 bilhões de dólares por ano. Bastaria um quarto desses 750 bilhões de dólares para alimentar 800 milhões de pessoas. Ou seja, o fim do desperdício significaria o fim da fome global”, assinalou.
O deputado enfatizou que os países em desenvolvimento, como o Brasil, sofrem mais com as perdas durante a produção agrícola, sobretudo, devido aos problemas logísticos e de infraestrutura. “Anualmente, no País, são desperdiçados 41 mil toneladas de alimentos, o que posiciona o Brasil entre os dez que mais desperdiçam alimentos no mundo”, informou.
O parlamentar afirmou que o Ceará é um dos maiores produtores de caju do Brasil, que o pedúnculo do caju está entre os alimentos mais desperdiçados e que poderia ser empregado no combate à fome. “A parte carnosa do caju é industrializada apenas na fabricação de sucos e doces, quando deveria alimentar estudantes das escolas públicas e milhões de cearenses que passam fome”, frisou.
Sérgio Aguiar destacou um projeto de indicação do deputado Evandro Leitão (PDT) que cria o Plano Estadual de Combate ao Desperdício de Alimentos. “Além de projetos, sugiro que a Assembleia Legislativa encampe uma campanha midiática sobre o desperdício de alimentos com o objetivo de esclarecer e orientar o povo na contribuição e na redução do número de pessoas que passam fome”, apontou.
O deputado também ressaltou um projeto que está na Câmara Federal que visa igualar o Refis (refinanciamento de dívidas) das grandes e médias empresas com o das microempresas. “Com a mesma condição de Refis, seus tributos para a Receita seriam parcelados de maneira igual. Isso é bom, já que 60% do que é gerado no PIB (Produto Interno Bruto) são receitas advindas de microempresários e empreendedores individuais”, afirmou.
GM/PN