A articulação da aliança, em torno da reeleição do governador Camilo Santana (PT), com a abertura de uma possível aliança com o senador Eunício Oliveira (PMDB), tem causado certo incômodo em aliados do petista. Oficialmente, todos dizem que é cedo ou mesmo tentam pôr “panos mornos” no debate, mas, nos bastidores, deixam claro suas contrariedades. O deputado Sérgio Aguiar (PDT) afirmou que o que for definido será pensando na manutenção do crescimento do Estado do Ceará. Contudo, evitou tecer comentários diretos sobre a possível aliança.
“Acredito que o governador Camilo está trabalhando a melhor opção para que o Ceará continue crescendo”, disse ele, afirmando não haver mais “mágoas” devido o apoio do Governo a reeleição do presidente da AL, deputado Zezinho Albuquerque.
“Restrição”
O deputado federal Chico Lopes (PCdoB), por outro lado, disse que observa a movimentação com “restrição”. Ele, inclusive, em tom de brincadeira, chamou Eunício de “autoritário” e disse não confiar no peemedebista. O parlamentar justificou, ainda, que o senador, além de correligionário, faz parte da base do presidente Michel Temer e, portanto, não vê “sentido” numa composição local do PMDB com o PT e o PDT.
Já o deputado José Guimarães (PT) frisou que o Ceará “é o estado de maior destaque no País”, em virtude de sua estabilidade econômica. O parlamentar lembra que poucos estados estão sendo “bem administrados”, o que, segundo ele, é fruto da “boa gestão” do Governador, que “arregaçou as mangas e vem colhendo resultados positivos”, e, portanto, “terá reconhecimento nas urnas”.
O petista avalia, ainda, que: “Camilo Santana está acertando em tudo, porque seu nome já foi citado pelo ex-presidente Lula para disputar a Presidência da República.