A deputada repudiou os argumentos de que Astésia estaria “exaltada”. “Ela é uma mulher. Não se deve bater em mulher, ainda mais se for um homem e armado”, disse, reforçando que Allan Kardec “estava ali como autoridade policial e deveria protegê-la”.
Dra. Silvana lamentou os comentários feitos em defesa do policial em redes sociais e até em conversas. De acordo com ela, a defesa do policial reflete “o machismo existente na nossa sociedade, que existe em qualquer pessoa, tanto homens quanto mulheres”.
A parlamentar frisou que esse machismo não deve ser atribuído ao sistema patriarcal. Segundo ela, o sistema patriarcal põe a família em primeiro plano, assim como a proteção das mulheres. “O que desvaloriza a mulher é o feminismo desrespeitoso, pois ele destrói as famílias”, criticou.
A peemedebista disse ainda que foi criticada por pedir a expulsão do capitão da corporação. “Disseram que eu não entendi o contexto, mas o vídeo está na internet e é autoexplicativo. Ele bateu na mulher, eu pedi sua expulsão, e continuarei pedindo”, afirmou.
Em aparte, o deputado Dr. Santana (PT) salientou a reincidência de fatos como esse. De acordo com o petista, a população está criando um ambiente de conflito com tanta intolerância. “Precisamos criar uma cultura de paz. Seria muito bom se seguíssemos os ensinamentos bíblicos e pudéssemos viver esse tipo de cultura, mas parece haver uma força que faz com que tudo saia da forma inversa”, avaliou.
Já o deputado Leonardo Araújo (PMDB) reforçou que as mulheres precisam receber um tratamento melhor por parte da sociedade. De acordo com o parlamentar, elas conseguem conduzir a vida social com maestria, e merecem ser tratadas com tal importância.
O deputado Roberto Mesquita (PSD), por sua vez, considerou que o ato não deve passar impune. "Mas deve ser considerada a situação de estresse a que talvez aquele policial estivesse submetido. Precisamos saber que dentro daquela farda há um ser humano sofrendo por um ato que, certamente, fará com que ele se arrependa pelo resto da vida”, disse.
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