O deputado salientou que, no primeiro trimestre de 2016, o PIB do Brasil decresceu 5,43%, já no Ceará a queda foi de 7,13%. No segundo trimestre, o País diminuiu 3,58% e o Estado 6,18%. Já no terceiro trimestre, o Brasil recuou 2,87% e o Ceará 4,10%. “O País vai mal, mas o Estado está conseguindo ser pior”, assinalou. Carlos Matos ressaltou que, no setor de agropecuária, o Ceará decresceu 5%, na indústria a redução foi de 2,72% e em serviços a baixa foi de 4,29% em 2016. “A economia de Fortaleza sofreu a maior inflação do País entre todas as capitais. Esse é o tarifaço do Governo que está sufocando a economia e fazendo o Estado e a Capital andarem para trás”, observou.
Para o parlamentar, os impostos estão aumentando cada vez mais. Existe insegurança empresarial, e o desemprego está em 12% no Ceará. “A cada 100 pessoas, 12 estão desempregadas, e o nível de ocupação está em 47% da população cearense”, apontou.
O deputado observou que a produtividade da economia cearense não está crescendo por falta de uma nova visão de desenvolvimento. “Investir em obras paradas não é bom para a economia. Investir R$ 2 bilhões em apenas um equipamento também não é relevante para a economia. Precisamos de políticas que possam resgatar a potencialidade do cearense e não sufocar os investimentos”, enfatizou.
Em aparte, o deputado Carlos Felipe (PCdoB) destacou que o Estado passou por cinco anos consecutivos de estiagem. “A seca afetou mais o Ceará que qualquer outro Estado e, mesmo com isso, estamos crescendo mais do que a média nacional”, disse.
O líder do Governo, deputado Evandro Leitão (PDT), ressaltou que o Ceará, assim como os demais estados, depende de transferência de recurso da União. “O Fundo de Participação dos Estados (FPE) vem diminuindo ao longo desses 18 meses. Os municípios estão minguando, e isso tudo, aliado ao aumento da taxa de juros, desacelera a economia. Mesmo assim, neste ano de 2017, houve uma ligeira recuperação do Ceará”, afirmou.
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