Segundo Ely Aguiar, o Governo do Estado nunca quis admitir, mas a redução de casos de homicídios exaltada nos últimos anos só aconteceu por conta de pactos envolvendo diversas facções criminosas. “Esse pacto foi para o brejo e já vemos a retomada crescente dos índices de violência, fazendo com que observemos uma verdadeira guerra urbana. Do início de 2017 para cá, são mais de 800 crimes em todo o Ceará e, em dois anos, 56 agentes de segurança pública foram assassinados”, apontou o deputado.
O parlamentar criticou ainda a medida da Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus), que, em parceria com a Defensoria Pública do Estado e o Tribunal de Justiça do Estado (TJCE), iniciou, nesta terça-feira (28), mutirão carcerário, em que 500 presos do Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira Dois (IPPO 2), no município de Itaitinga, foram soltos. Conforme a Sejus, o objetivo é reduzir a população carcerária.
“Também não adianta a Secretaria de Segurança Pública tirar bandidos das ruas, se a Sejus os põe na rua de novo. O Estado quer amenizar o seu cofre se vendo livre do ônus de sustentar essa população carcerária, e quem paga o pato é o cidadão comum, que se vê obrigado a ficar em casa, com medo desses homicidas, traficantes, latrocidas, assaltantes e estupradores que estão à solta”, lamentou Ely Aguiar.
O deputado também manifestou a sua apreensão com o caso da criança Débora Oliveira, de quatro anos, raptada no bairro Aerolândia, em Fortaleza, na última segunda-feira (27/03). “Torço para o final feliz de mais um caso de violência que nos deixou estarrecidos, que foi o desaparecimento dessa criança. Com o empenho da população da Aerolândia, junto às polícias civil e militar e o Corpo de Bombeiros, desejamos que esse caso seja solucionado o mais rápido possível”, assinalou o parlamentar.
RG/AT