De acordo com a reportagem do jornal O Povo citada pelo parlamentar, os crimes violentos letais voltaram a crescer no Ceará e em Fortaleza, pondo fim a uma sequência de 14 meses consecutivos de queda.
“Não culpo o secretário, pois muitos são os fatores que nos levam a isso. Nossos presos não estão sendo ressocializados, as cidades não oferecem empregos, iluminação pública, moradia, tratamento de dependentes químicos”, afirmou.
Heitor Férrer ressaltou ainda a importância do trabalho da Polícia para a redução de homicídios e lembrou o caso do Espírito Santo. “Estamos vendo o que acontece quando nossos policiais não estão nas ruas. Sabemos que só isso não resolve, mas, ao mesmo tempo, confirmamos o quanto seu trabalho é essencial. E mesmo quando os números de homicídios caíram, nossa sensação de insegurança não diminuiu”, disse.
Em aparte, o deputado Capitão Wagner (PR) comentou que o Estado deve se orgulhar dos bons resultados na educação, mas defendeu que os investimentos devem ser feitos em todas as áreas. Para ele, o principal seria uma política pública firme de segurança.
Já o deputado Roberto Mesquita (PSD) avaliou que a insegurança do Estado é reflexo da falta de planejamento nos gastos durante o governo Cid Gomes. “Estamos pagando por não termos dado ao Ceará a oportunidade de se desenvolver. Não proporcionamos empregos, mas gastamos com prédios sem alma, que só servem para tirar foto. Quem não lembra do ex-governador Cid Gomes investindo em Ronda do Quarteirão e viaturas? E de nada adiantou”, criticou.
O deputado Evandro Leitão (PDT) esclareceu que nunca apontou a educação como única solução para combater a violência no País, mas reafirmou que essa é uma das ferramentas necessárias para reverter o problema. Na avaliação do parlamentar, o aumento de homicídios em janeiro foi pontual, visto que em 14 meses esses números vinham caindo.
LA/GS