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Renato Roseno aponta resultados do comitê pela prevenção de homicídios - QR Code Friendly
Sexta, 15 Julho 2016 12:33

Renato Roseno aponta resultados do comitê pela prevenção de homicídios

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Dep. Renato Roseno ( PSOL ) Dep. Renato Roseno ( PSOL ) foto: Maximo Moura
Ao avaliar os primeiros resultados do Comitê Cearense pela Prevenção de Homicídios na Adolescência, durante o primeiro expediente da Assembleia Legislativa desta sexta-feira (15/07), o deputado Renato Roseno (Psol) disse que "existe uma categoria na sociedade brasileira de matáveis".  Segundo ele, são os pretos, pobres, que moram nas periferias da cidade . De acordo com o parlamentar, que é o relator comitê, somente em Fortaleza, entre 2015 e 2016, foram enterrados mil adolescentes assassinados, sendo 82% por armas de fogo.

O primeiro relatório, intitulado “Cada vida importa”, conforme Renato Roseno,  tem a tarefa de interpretar como está se dando a tragédia. Ele destacou que, em 15 anos, Fortaleza saltou da 22ª cidade em homicídios de adolescentes para a 2ª posição entre as capitais do País.

“A primeira tarefa que realizamos foi estudar e aprofundar o conhecimento sobre os casos. Foram 24 pesquisadores, sob a coordenação do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância). Como um censo, cobrimos todas as áreas do Estado, com grande densidade de homicídios.  Foram investigadas as famílias e os adolescentes que estão com privação de liberdade”, frisou. Os consultados, segundo Roseno, responderam a 139 questões.

“Uma das  perguntas era: depois que seu filho morreu, quem do Estado veio aqui? Vocês são os primeiros, foi a resposta da maioria. Esta morte não é um evento isolado é resultado de um processo e temos que compreender os sinais de alerta, que poderiam evitar a morte. Cerca de 73% aconteceram na rua do morto. Outros 60% em 40 assentamentos precários. Há a falta de um tecido sóciofamiliar, emprego, afeto. Setenta e quatro por cento dos que morreram tinham abandonado a escola seis meses antes dos assassinatos”, revelou.

O deputado considerou que a escola, mesmo com todas as deficiências, é um anteparo contra a morte. Na avaliação dele, quando o jovem abandona a escola e não se faz nada, alguém está sendo cúmplice da morte. “Sessenta e três por cento tinham contato com pai e mãe. Mas quem cuida dessa família?  Cinquenta e seis por cento eram filhos de mães que gestaram adolescentes.”

De acordo com Roseno, 55% das famílias revelaram que conheciam o assassino do filho. Mas só em 10% dos casos algo foi feito. “Nem tudo é problema com drogas”, acrescentou .

Sobre a participação do Judiciário no problema, o deputado frisou que apenas em  2.047, se não houver nenhum novo caso,  todos os homicídios serão julgados. “A sociedade pobre diz que a morte de seus filhos não importa ao Estado. Se fosse filho de um deputado, algo seria feito”, afirmou.

O deputado também adiantou que o colegiado promoveu 12 audiências nos territórios do Estado, considerados com maior índice de violência, com três mil pessoas ouvidas. Houve ainda dois seminários sobre mercado de drogas, cultura midiática, e o custo da violência, que conforme o parlamentar, chega a 5% do PIB nacional.

JS/AT

Informações adicionais

  • Fonte: Agência de Notícias da Assembleia Legislativa
  • E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
  • Twitter: @Assembleia_CE
Lido 1868 vezes Última modificação em Sexta, 15 Julho 2016 16:19

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