“Eu queria pedir ao secretário que advertisse o próprio governador sobre suas palavras, pois ele disse que vem sendo ameaçado nas redes sociais", acrescentou. O parlamentar sugeriu ao secretário que fale com o presidente da AL também, pois estacionaram um carro com 13 kg de dinamite ao lado da Casa do povo. "Se esses criminosos são apenas pirangueiros, como Delci disse, eles realmente são bons, pois faz tempo que saíram do campo da ameaça e passaram para a prática”, declarou.
Capitão Wagner relatou que, na semana passada, um deputado da Assembleia Legislativa do Ceará teve sua casa invadida por cinco homens armados, os quais renderam sua família e levaram dinheiro, joias e outros pertences. Segundo ele, o deputado vítima de assaltou deu queixa em uma delegacia, mas preferiu não se pronunciar sobre o acontecido, por medo de ser novamente assaltado.
Outro ponto destacado pelo deputado foi a prisão, em Fortaleza, de um dos criminosos mais perigosos do Primeiro Comando da Capital (PCC). “O Ceará hoje faz parte da rota do tráfico internacional de drogas. Além disso, sofremos 26 ataques a prédios públicos. Diante de uma situação como essa, o secretário classifica criminosos tão perigosos como pirangueiros?”, questionou.
Para o parlamentar, é necessário ampliar as ações de combate ao crime, como a solicitação das tropas da Força Nacional de Segurança Pública até que a grave situação de insegurança no Ceará seja estabilizada. “Essa Casa também precisa dar exemplo. Não adianta a gente cobrar ações do governador se a CPI do Narcotráfico ainda não foi sequer instalada aqui. Vamos dividir a culpa, pois ela também é nossa”, opinou.
Em aparte, o deputado Danniel Oliveira (PMDB) reclamou da falta de atitude do governador do Estado, citando como exemplo o que vem acontecendo no município de Pedra Branca, onde um único criminoso vem aterrorizando toda a cidade. “O município de Pedra Branca está sendo aterrorizado por um bandido só. E como não seria, se a cidade só conta com quatro policiais militares? É impossível ter segurança assim”, criticou.
LA/AT