Dra. Silvana criticou o discurso do Partido dos Trabalhadores (PT) de que o processo de impeachment é golpe. Segundo ela, o processo é previsto na Constituição Federal e já teve um rito definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Além disso, ela lembrou que o PT apresentou pedidos de impeachment contra todos os presidentes antecessores de Luiz Inácio Lula da Silva.
Na avaliação de Dra. Silvana, o PT vendeu, nas últimas eleições, a ideia de “uma falsa prosperidade que se sustentava em pedaladas fiscais, com o objetivo de se perpetuar no poder”. A parlamentar ressaltou ainda que os programas sociais só conseguem se sustentar se houver estabilidade econômica. Dra. Silvana também lamentou que a presidente seja vítima de críticas com cunho machista. “Ela está fazendo um mau governo não porque é mulher, mas porque é incompetente”, enfatizou.
Em aparte, a deputada Rachel Marques (PT) defendeu que, sem o cometimento de crime comum ou de responsabilidade, o impeachment é um golpe, mesmo que previsto na Constituição. “Contra a presidenta Dilma não há qualquer acusação de crime ou de corrupção. Não gostar do governo não justifica tirar a presidente. A alternância de poder, na democracia, deve se dar nas eleições. Não há justificativa legal para a aprovação do impeachment”, avaliou.
O deputado Odilon Aguiar (PMB) ressaltou, também em aparte, que há uma proposta no Congresso Nacional para a convocação de um plebiscito. Nele, a população decidiria sobre a realização de novas eleições. “Continuo entendendo que o remédio para corrigir isso não é o impeachment. Vamos deixar que o povo decida”, disse. Para Odilon Aguiar, essa alternativa daria mais legitimidade ao processo, pois retiraria a suspeita de interesses partidários no impedimento da presidente.
GS/CG