Ato de filiação dos 11 novos vereadores que compõem a bancada do PDT foi realizado na noite de ontem com a presença do prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e do presidente da Câmara Municipal, Salmito Filho
( Foto: JL ROSA )
O PDT cearense aumentou os seus quadros, ontem, com as filiações de dois deputados estaduais, Júlio César, saído do PMB, e Walter Cavalcante, egresso do PMDB. Além deles, o partido também recebeu 11 vereadores de Fortaleza, em ato comandado pelo prefeito Roberto Cláudio e o presidente da Câmara Municipal, Salmito Filho. Na Casa, o partido conta, agora, com 18 parlamentares, que visam formar uma chapa fortalecida para a eleição em outubro próximo.
A filiação do deputado Júlio Cesar foi na parte da manhã, na Assembleia Legislativa, com a presença do ex-governador Cid Gomes e do presidente da Casa, Zezinho Albuquerque. Já a filiação de Walter Cavalcante foi reservada, com a ficha sendo entregue na sede do partido no fim da manhã. A alegação para não ter havido solenidade é de que ele participava de eventos religiosos fora da capital cearense.
Na Câmara Municipal, o vereador Salmito Filho adiantou que, na próxima semana, haverá uma reunião para a definição do líder e do vice-líder da bancada, que, segundo ele, é a maior de um único partido na história recente da Casa. "E já quero dizer, claramente, que vamos pedir ao prefeito e defender que ele seja candidato à reeleição", disse.
Roberto Cláudio, por sua vez, afirmou que, encerrados os prazos de filiação de mandatários, o partido conversa com suplentes de vereador e outros possíveis candidatos pela primeira vez, que têm até o dia 2 de abril para se filiar à sigla pedetista.
Para o prefeito, não há grande mudança na correlação de forças entre governo e oposição, uma vez que, dos 43 vereadores que compõem a Câmara no atual mandato, pelo menos 38 fazem parte da base governista. Ainda assim, segundo ele, as novas filiações demonstram compromisso com o seu projeto de governo e serão importantes para os embates políticos que se aquecem na Casa Legislativa em ano eleitoral.
"É muito importante para, num ano em que a administração é mais criticada, mais observada, a gente ficar atento, junto com a nossa turma nos bairros, para saber o que está errado, fazer a sintonia fina da administração nesse último ano; e certamente será importante no período eleitoral ter uma bancada do partido forte", pontuou.
Mudanças
Ainda em 2015, Cid e Ciro Gomes ingressaram no PDT, junto com Roberto Cláudio e o presidente da Câmara, Salmito Filho. Além deles, o vereador Adail Júnior também entrou na agremiação no ano passado. No início de março deste ano, os vereadores Antônio Henrique, Elpídio Nogueira, atual secretário municipal de Turismo, e Carlos Dutra também deixaram o PROS para entrarem no PDT.
Ontem, se filiaram à sigla os vereadores Adelmo Martins, antes no PROS; Ziêr Férrer, que deixou o PMN; John Monteiro e Gerôncio Coelho, ambos egressos do PTdoB; Marcus Teixeira, que foi convidado a se desfiliar do PMDB no ano passado; Eulógio Neto, que deixou o PSC; Mairton Félix, egresso do DEM; Joaquim Rocha (ex-PV) e Germana Soares, até então PHS. Luciram Girão (sem partido) e Lêda Moreira (ex-PSL) também ingressaram no partido.
Em articulação com o presidente da Câmara, na última semana os vereadores se reuniram com Salmito Filho para debater as possibilidades no pleito com a formação do "blocão". A ida em conjunto para o PDT surgiu após investidas dos vereadores sem sucesso em partidos pequenos, já que os filiados não aceitaram as filiações de membros com mandatos.
Com o ingresso no PDT, a estimativa é que sejam reeleitos de 11 a 12 vereadores do "blocão". A expectativa é que, com possível reeleição do prefeito Roberto Cláudio, os eleitos sejam chamados para compor o Governo e abram vagas na Casa Legislativa para os suplentes.
Adelmo Martins aponta ter acompanhado os outros parlamentares do PROS seguindo o partido do prefeito. Além disso, destacou a possibilidade de o PDT fazer de 12 a 14 parlamentares caso não faça coligação. "É bom que fiquem 18, se tiver muito voto de legenda faz 12 e sobre a 14, se coligar com um partido e que venha só um vereador, vão para 10", avalia.
Apontando o convite do prefeito e a mudança de direção no PTdoB como as motivações para ingresso na sigla pedetista, o vereador John Monteiro salientou que o novo "blocão" permite que mesmo os que não sejam eleitos assumam como suplentes no futuro. Segundo ele, a chapa é mais competitiva.