Júlio César Filho deixou o PMB, no qual ficou filiado por poucas semanas, e foi para o PDT, ambos partidos aliados ao Governo do Estado
( Foto: José Leomar )
Apesar das mudanças partidárias na Assembleia Legislativa no último mês, pouco foi alterado em relação à representação numérica das bancadas de oposição e situação. No início da atual Legislatura, a base governista com representação no Legislativo era composta por 31 parlamentares e, agora, com o fim da "janela partidária", o Governo tem 32 parlamentares favoráveis à gestão Camilo Santana.
Atualmente, o Partido Democrático Trabalhista (PDT), principal legenda de sustentação da gestão de Camilo, possui nove deputados com a entrada de sete que se somam aos dois que lá já estavam. Além do mais, outros dois parlamentares que se filiaram à sigla estão licenciados como secretários do Governo: Mirian Sobreira e Jeová Mota.
Com o ingresso de Júlio César Filho, que saiu do PMB, o PDT se configura como maior força da Casa. Já tinham ingressado no partido parlamentares saídos do PROS. São eles: Antônio Granja, José Sarto, Evandro Leitão, Ferreira Aragão, Sérgio Aguiar, Zezinho Albuquerque, Robério Monteiro, Manoel Duca e Ivo Gomes.
Lucilvio Girão e Fernando Hugo, apesar de até a semana passada estarem filiados ao Solidariedade (SD), que se diz oposição, se posicionaram de forma aliada desde o início da atual Legislatura. Ao lado de Bruno Pedrosa e Leonardo Pinheiro, que se desfiliaram do PSC e PSD, eles ingressaram no Partido Progressista (PP), terceira maior força partidária da Casa. Ao contrário do que foi publicado na edição de ontem do Diário do Nordeste, Walter Cavalcante (ex-PMDB) não se filiou ao PDT, e sim ao PP.
Laís Nunes, Bethrose, Odilon Aguiar e Naumi Amorim, ambos do PMB, juntamente com Gony Arruda e Professor Teodoro, do PSD, seguem na base governista de Camilo Santana. E, mesmo buscando formar bloco entre si, eles se mantêm fiel à gestão. Seguem ainda aliados ao Governo os deputados George Valentim e Augusta Brito, do PCdoB; Tin Gomes, do PHS; Bruno Gonçalves (PEN), Joaquim Noronha (PRP), David Durand (PRB) e os petistas Rachel Marques, Elmano de Freitas e Moisés Braz.
Independentes
Aderlânia Noronha (SD) e João Jaime (DEM) seguem com posturas independentes na Casa, apesar de sempre votarem em matérias do Governo segundo orientações da oposição. Já a oposição, que tinha 13 membros em seu bloco no início da Legislatura, perdeu força e fica com só com 12 nomes. Isso sem contar que, como alguns parlamentares de oposição tiveram diálogo próximo com a base governista durante negociações para o ingresso em siglas aliadas, a relação entre eles pode ficar abalada.
Apesar de ter perdido Walter Cavalcante, o PMDB ganhou o apoio de Tomaz Holanda, que foi para a legenda. Como o parlamentar já fazia parte de sigla oposicionista, o PPS, não houve qualquer alteração na composição dos oposicionistas. Ainda permanecem na sigla os peemedebistas Leonardo Araújo, Audic Mota, Danniel Oliveira, Agenor Neto e Silvana Oliveira.
Wagner Sousa e Fernanda Pessoa se mantiveram no PR, assim como Carlos Matos no PSDB, Ely Aguiar no PSDC e Renato Roseno no PSOL. Heitor Férrer, que foi eleito pelo PDT, ingressou no ano passado no PSB e mantém posição contrária à gestão de Camilo Santana, que no Ceará é aliado do grupo liderado por Cid e Ciro Gomes, adversários políticos do pessebista.
No fim das eleições passadas, a oposição tinha conseguido eleger 13 nomes: dois do PR, seis do PMDB e um do PSOL, PSDC, PSDB e PPS, bem como Heitor Férrer, do PDT. O DEM tinha João Jaime e Aderlânia como independentes. Do outro lado, a base aliada era composta por 31 deputados: 12 do PROS, dois do PDT, dois do PT, dois do PSD, dois do PCdoB, dois do PP e um do PEN, PV, PRB, PSL, PHS, PRP, PSC e PTN. Lucilvio Girão, apesar de ter sido eleito pelo SD, já se posicionava como aliado de Camilo.