O Partido Progressista (PP), que tinha apenas um integrante na Assembleia Legislativa, a partir da filiação de mais quatro deputados, ontem, passou a ser a terceira maior força partidária na Casa, perdendo apenas para o PDT, que ficou com dez, e para o PMDB, com seis. O PP, no entanto, não conseguiu atrair os peemedebistas Walter Cavalcante e Silvana Oliveira, enquanto Júlio César Filho deixou o Partido da Mulher Brasileira (PMB) e ingressou nos quadros do PDT.   Na cerimônia de adesão ao PP, que ocorreu no Auditório Murilo Aguiar, foram filiados os deputados Bruno Pedrosa, que deixou o PSC; Fernando Hugo e Lucilvio Girão, ambos egressos do SD; e Leonardo Pinheiro, que deixou o PSD. Zé Ailton Brasil era o único membro da sigla, que agora conta com cinco representantes no Poder Legislativo.   O bloco formado por PMB e PSD teve duas baixas nos últimos dias, uma de Leonardo Pinheiro e outra de Júlio César, ambos vice-líderes do Governo Camilo Santana. Um seguiu para o PP e outro para o PDT. Agora o PMB passa a ter só quatro representantes na Assembleia, enquanto o PSD ficou com dois. De acordo com o vice-presidente do Partido Progressista no Ceará, o prefeito de Massapê, Antônio José, a ideia é fortalecer o grêmio no Legislativo e no Executivo.   Até então o partido só tinha três prefeitos no Ceará, em Marco, Massapê e Ubajara. Após a janela partidária aberta, já ingressaram na sigla os gestores de Aquiraz, Beberibe, São Luiz do Curu, Frecheirinha e Paramoti. O objetivo do partido é conseguir eleger no pleito de outubro próximo pelo menos 20 prefeitos. Ele não soube dizer a quantidade de vereadores que já aderiram ao grêmio, mas destacou que nos próximos dias mais filiações devem ser feitas em várias cidades do Estado.   Honrados   O deputado federal Macedo também ingressou na legenda e se filiou em cerimônia realizada com a executiva nacional do partido, em Brasília. Quem também deve se filiar ao PP é o ex-presidente da Assembleia Legislativa, o ex-deputado estadual Marcos Cals (ex-PSDB e ex-SD), que passará a integrar sigla que apoia a gestão petista no Estado. Na avaliação do presidente da agremiação, José Linhares, os deputados que ingressaram no partido são sérios e honrados, alegando que espera deles a defesa da comunidade cearense.   "Não queremos que se faça exclusão de ninguém, mas que haja predileção para os excluídos. É essa a missão para esses deputados que vão revitalizar o PP, que tem uma história lida", destacou. O PP tem 52 deputados federais e seis senadores. "Agora temos gente histórica pertencendo aos quadros do partido e estamos alegres, ainda mais porque a pátria vive um momento difícil e precisamos de pessoas que não só denunciem, mas que anunciem novos tempos".   Articulador   O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Zezinho Albuquerque (PDT), principal articulador da ida dos deputados para o PP, participou do evento, que contou ainda com a presença da deputada licenciada e secretária estadual de Políticas Sobre Drogas, Mirian Sobreira, e do ex-secretário de Turismo Bismarck Maia. O presidente do PSL no Ceará, José do Carmo, também compareceu, bem como o ex-deputado Mário Hélio.   Apesar dos esforços de Zezinho Albuquerque para tornar o PP ainda maior na Casa, ele não teve êxito no ingresso de Silvana Oliveira e Walter Cavalcante, que declinaram dos convites. Oliveira disse ao Diário do Nordeste que sua sobrevivência política dependia de sua decisão, mas achou por bem se manter no PMDB, principalmente devido ao momento político e econômico pelo qual o País passa.   Ela esteve em reunião com o presidente do PMDB do Ceará, o senador Eunício Oliveira, em Brasília, na quarta-feira passada, onde ele a convenceu a permanecer na legenda. O mesmo aconteceu com o deputado Walter Cavalcante, que decidiu ficar nos quadros do PMDB.