De acordo com o parlamentar, o objetivo é estabelecer um piso salarial no Ceará maior que o valor do salário mínimo nacional, válido para os trabalhadores de diversos setores, desde a agricultura até a indústria. “O Ceará tem hoje o salário médio mais baixo do Brasil e uma produtividade de economia muito baixa. O nosso projeto não visa simplesmente aumentar o salário dos trabalhadores. A contrapartida de produtividade é fundamental para a implantação do piso regional”, justificou.
Carlos Matos alertou para o fato de que, no Ceará, 40% da população recebe um salário mínimo, e muitos consideram vantagem. Para ele, pagar salário baixo não é bom. É preciso concorrência no mercado e, para que ela aconteça, é necessário educação de qualidade para oferecer bons profissionais.
O deputado lembrou ainda que vários estados já adotaram a medida, que é prevista na Constituição, mas que é necessário diálogo com o Governo. “Estamos dando o direito de o estado do Ceará participar dessa estratégia, mas com uma inovação. Atrelamos qualquer aumento do salário ao aumento da produtividade. Unindo os empresários e trabalhadores em busca da produtividade, essa é a forma de gerar mais emprego e aumentar o salário de forma sustentável”, reforçou.
Em aparte, o deputado Roberto Mesquita (PV) disse que o brasileiro já sabe que, quanto mais ganham as pessoas, mais possibilidades de uma educação de qualidade e de consumo elas têm. “Carlos Matos está certo quando diz que precisamos gastar mais com inovações. Cabe ao parlamento e ao Governo incentivar setores, principalmente o primário, e atentar para aqueles em ascensão”, opinou.
Para o líder do Governo na Casa, deputado Evandro Leitão (PDT), o Executivo vem investindo em escolas profissionalizantes, buscando oferecer melhores profissionais ao mercado. “Concordo com seu projeto e acredito nesse caminho. Escolas profissionalizantes e mobilizações para unir empresários e trabalhadores podem ser a solução”, afirmou.
LA/AT