Carlos Matos disse que o Ceará é o quarto estado do País que mais investe recursos públicos, porém o faz de forma equivocada. “Ele se perde nas prioridades. Investimos errados. Fomos o quarto estado que menos investiu em segurança, que é o que a população mais quer. Isso nos coloca em uma situação que nos envergonha. Somos a capital que tem maior número de mortes violentas. É mais seguro morar no Rio de Janeiro que em Fortaleza”, ressaltou.
Para o deputado tucano, o Ceará, em vez de investir em segurança e saúde, “que estão em colapso”, preferiu “enterrar” R$ 120 milhões em um aquário. “Não haveria nenhum investimento melhor para o turismo do que investir em segurança. Mas não foi isso que o Governo do Estado fez”, criticou.
Na avaliação de Matos, se os cearenses estivessem morando em São Paulo, e não no Ceará, teriam escapado dos assassinatos. “Morrem sete vezes menos pessoas lá do que aqui. Em Pernambuco, a taxa de homicídio é de 32 pessoas por cem mil habitantes. No Ceará são 77 por cem mil habitantes”.
Para o tucano, as decisões erradas do Governo fizeram a violência crescer. “A curva de homicídios chegou a cair um pouco, saindo de números extremamente absurdos para um pouco menos absurdo. Mas é muito pouco e não nos satisfaz. Não vamos resolver a questão de segurança só com mais policiais. É preciso haver uma ação integrada”, avaliou.
O deputado Leonardo Pinheiro (PSD) afirmou que no governo de Cid Gomes foram construídas mais de 50 delegacias, uma academia de política e instituída a Polícia Forense, enquanto no governo anterior eram fechadas delegacias. “O Governo atual procurou corrigir as principais distorções existentes na Polícia, aprovando a Lei de Promoções. Destaco ainda a interiorização dos batalhões especiais, como Cotam e Raio, e a criação do Batalhão de Divisas”, pontuou.
O deputado Carlos Felipe (PCdoB) disse que a curva de assassinatos começou a ser descendente. “Temos 300 óbitos a menos do que no ano passado. A promoção dos policiais, aprovada na atual gestão, é sinal de que o Governo está empenhado em mudar a atual situação”, avaliou.
JS/CG